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Lava Jato: delator acusa mais um parlamentar de ter recebido propina

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(Foto: Divulgação)
O delator da Operação Lava Jato Fernando Baiano citou o nome de mais um parlamentar como beneficiário do esquema. O senador Delcídio Amaral, do PT, teria recebido propina quando a Petrobras comprou a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Em março, o Supremo Tribunal Federal não viu motivos para investigar o senador Delcídio Amaral, do PT do Mato Grosso Sul, e arquivou o caso em que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Delcídio na delação.Ele disse que ouviu dizer, que Delcídio teria recebido propina quando era diretor de Gás e Energia da Petrobras, de 2000 a 2002.Mas agora o nome de Delcídio Amaral voltou a ser citado, desta vez na delação premiada de Fernando Baiano.Ele contou que Delcídio recebeu US$ 1 milhão ou US$ 1,5 milhão. Dinheiro desviado do contrato da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.O delator disse que o dinheiro foi repassado para pagar a campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.A compra da refinaria de Pasadena causou prejuízo de mais de US$ 790 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União.Essa é a primeira vez que um delator cita Delcídio como beneficiário de propina no contrato de Pasadena. Delcídio teria indicado Nestor Cerveró para diretoria Internacional da Petrobras, responsável pelo contrato de Pasadena, o que ele nega.As revelações estão sendo investigadas por delegados e procuradores. O nome de Delcídio também citado em outro contrato da Petrobras, de navios-sonda. Baiano revelou um acerto envolvendo Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Jader Barbalho e o ex-ministro Silas Rondeau, os três do PMDB.E US$ 4 milhões desse contrato da Petrobras seriam desviados para pagá-los. As negociações avançaram e o valor final foi de US$ 6 milhões.Baiano disse que o operador desses pagamentos foi o lobista Jorge Luz.O senador Delcídio Amaral disse que considera um absurdo o nome dele ser citado. Que ele conheceu Fernando Soares na década de 1990 e que depois não teve mais contato com ele.O senador Jader Barbalho disse que não conhece Fernando Soares e que na época da denúncia não era senador.O presidente do Senado, Renan Calheiros, negou as acusações. Também negou que conheça Fernando Soares. Disse ainda que não autorizou ninguém a falar em nome dele em nenhuma circunstância.Nós não conseguimos contato com o advogado de Jorge Luz, nem com o ex-ministro Silas Rondeau.