Alessandra, com a filha Maria Eduarda: Light está providenciando a mudança de carga para até o final desta semana Há dois meses e meio, a vendedora Alessandra Guilherme da Silva, de 31 anos, tenta levar sua filha, Maria Eduarda, de 2 anos e meio, para casa. A menina, que nasceu com Tetralogia de Fallot — uma malformação congênita do coração —, está internada há um ano e dois meses no hospital Samci, no Andaraí. Em junho, a criança recebeu alta dos médicos, mas com a condição de que fosse instalado um home care (assistência domiciliar) em sua casa. Foi aí que começou a saga de Alessandra com a Light, para que a filha pudesse usar o Bipap, um respirador mecânico — aparelho que depende de um relógio trifásico.— Eu pedi alteração de carga para rede trifásica. Na primeira vez em que eu fui à Light, em junho, me falaram que não precisava de nada, apenas contratar um especialista deles para avaliar. Depois, disseram que eu precisava comprar um poste, uma nova caixa de relógio e refazer toda a instalação elétrica da minha casa. Eu tive que parar de trabalhar para poder ficar com minha filha. Eu não tenho vergonha de dizer que sou baixa renda. Meu marido teve que pegar um empréstimo de R$ 10 mil para fazer o quartinho dela (para preparar para o home care). O poste custou R$ 300. E meu irmão que pagou a reforma da rede interna, que custou R$ 800, mais a mão de obra e a caixa do relógio, que foram R$ 600.Mesmo com pouco tempo e dinheiro para resolver tudo, Alessandra conseguiu atender a todos os requisitos em duas semanas. Ao retornar à agência de atendimento, em Santa Cruz, a mesma funcionária que a havia atendido antes informou o prazo de 30 dias para a o aumento de carga da rede elétrica — de monofásico para trifásico.— Na segunda-feira passada, eu fui lá novamente e, pela primeira vez, a atendente disse que eu preciso levar uns documentos (confira no quadro abaixo). Ela também disse que precisávamos comprar outro poste, maior. E me deu mais um prazo de 30 dias.Procurada, a concessionária informou que a cliente solicitou o aumento de carga no dia 25 de junho e que, desde então, foram verificadas pendências técnicas, para que pudesse realizar o serviço.A empresa afirmou que está apurando as informações para verificar como foi o atendimento prestado à Alessandra. Na sexta-feira, um técnico esteve na casa da cliente, em Guaratiba, na Zona Oeste, para dar orientações sobre as pendências.COMO PEDIR A MUDANÇA DE CARGATitularidadeA conta de luz deve estar em nome do responsável pelo imóvel. Caso não esteja, deve ser solicitado o serviço pelo site agenciavirtuallight.com.br.LocalizaçãoO imóvel deve estar localizado ao alcance da rede de baixa tensão (no máximo a 30 metros de distância), obedecendo às seguintes situações: ter carga instalada igual ou inferior a 21kW; e estar em propriedade que tenha, no máximo, quatro unidades monofásicas ou duas trifásicas, já atendidas. PadronizaçãoO pedido de alteração de carga deve ser solicitado somente após a preparação do local pelo cliente (construção do padrão de ligação), de acordo com as normas técnicas da Light, que podem ser vistas no site da concessionária de energia www.light.com.br, no link Informações.Contas em diaO atendimento à solicitação está condicionado à quitação de débitos existentes no imóvel onde será feita a troca de carga.VistoriaA Light fará vistoria no local para verificar se ele está de acordo com as normas. Se estiver, o serviço é feito sem cobrança de taxas.PrazosSão três dias úteis para a vistoria, a partir da solicitação do cliente, e mais dois, a partir da aprovação da vistoria, para a alteração de carga.DocumentosDeclaração Médica datada e carimbada, em folha timbrada, pelo médico com o nº do Conselho Regional de Medicina (CRM) bem nítido, contendo o nome do paciente, endereço do imóvel, o código do tipo da doença (CID), a descrição do motivo da dependência do equipamento elétrico essencial à sobrevivência e a previsão do período de utilização.