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Mais da metade das mulheres não realizam regularmente o exame papanicolau

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(Foto: Divulgação)
A maioria das mulheres já ouviu falar, porém não realiza regularmente o exame papanicolau. Uma pesquisa da  Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica indicou que 52% das mulheres não se submetem ao procedimento, capaz de identificar o câncer de colo de útero.A doença é o terceiro tumor que mais atinge a população feminina no Brasil e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país,  segundo dados do INCA. Ele fica atrás apenas do de mama e de colorretal.“O dado é alarmante, pois a incidência da doença pode ser reduzida em até 80% quando feito com a periodicidade indicada pelo médico”, explica a oncologista Andreia Melo, diretora da organização.A maior parte dos casos de colo de útero estão relacionados à infecção pelo vírus HPV, chamado de Papilomavírus Humano. O HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo.Nem todas as mulheres que já tiveram ou entraram em contato com ele terão câncer de colo de útero; mas sabemos que, quando há o tumor, ele está presente em quase todos os casos. As razões ainda estão sendo investigadas pela ciência.Saiba mais sobre o exame:O papanicolau é um exame preventivo.  É recomendado antes mesmo de se procurar um diagnóstico mediante qualquer queixa ou suspeita. Através de uma coleta de células da superfície do colo do útero e do canal que ele se comunica com a vagina, o patologista observará se existem alterações ou lesões nas células da região antes do surgimento de qualquer doença ou tumor. O ginecologista também consegue observar durante exames clínicos na consulta, mas, nesta situação, o caso já pode estar em um grau mais avançado.O exame deve ser feito por dois anos seguidos e, da segunda vez em diante, poderá ser realizado com intervalos de três anos. A recomendação pode mudar em casos específicos, como nas pacientes portadoras de HIV. Exatamente por um espaçamento tão amplo,  mulheres entre 25 e 70 anos podem recorrer ao Sistema Único de Saúde e aguardar a agenda do sistema.Além das consultas periódicas com o ginecologista, não podemos esquecer que já existe uma vacina segura e gratuita contra o HPV – como já mencionado, um dos principais fatores de desenvolvimento da doença. O uso do preservativo também é indispensável.