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Maria da Glória Sá Rosa teve 88 anos de vida dedicados à cultura no MS

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(Foto: Divulgação)
A professora e escritora Maria da Glória Sá Rosa, de 88 anos, não resistiu a um acidente vascular cerebral que sofreu no começo desta semana, e morreu na noite de 28 de julho. Ela ocupava a cadeira de número 19 na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.Glorinha Sá, como era conhecida, foi referência na literatura, na música e na docência sul-mato-grossense. Natural de Mombaça (CE), ela lecionou durante 26 anos a matéria de “Literaturas de Língua Portuguesa e História da Arte” na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), além de ter sido a responsável por fundar a Aliança Francesa em Campo Grande. O espanhol também fez parte da sua experiência, e ela se pôs a ensinar o idioma em escolas superiores e secundárias.Com mais de 11 obras publicadas, Maria deixa uma história de muito amor à cultura, com um legado importantíssimo para o Estado. Maria Adélia Menegazzo, também integrante da Academia, despede-se mais do que de uma amiga, e sim de uma referência. “Glorinha foi importante para a maioria das pessoas que trabalham para a cultura de Mato Grosso do Sul. Mas, principalmente, foi generosa com tudo o que nos ensinou. Pude fazer muitas coisas com ela. Publicamos vários livros juntas e, não fosse a falta de tempo, teríamos feito mais. O legado dela é indiscutível e insuperável. Vai fazer falta, e esta não é uma afirmação retórica”, declarou emocionada.Professora dirigiu o Prata da Casa e ajudou na criação do TUC Na música, Glorinha foi ponto-chave de um dos projetos mais icônicos: dirigiu o “Prata da Casa”, sendo responsável por espetáculos de música ao vivo e pela edição do disco de músicas da região que reunia ícones, ídolos, vozes, sons que são parte da história sul-mato-grossense, como Geraldo Espíndola, Grupo Acaba e Almir Sater.Por viver de arte, Maria da Glória uniu forças que resultaram na criação do TUC (Teatro Universitário Campo-Grandense) e no primeiro cineclube de Campo Grande, além de ter iniciado a Revista Estudos Universitários/Fucmat.Com influência tão grande na cultura, Glorinha chegou à política, assumindo o cargo de secretária-adjunta da Secretaria de Desenvolvimento Social; foi diretora-executiva da Fundação de Cultura; presidente do Conselho Estadual de Cultura; superintendente da Secretaria de Cultura e Esportes; e, ainda, presidente da Fundação de Cultura.O sepultamento de Maria da Glória Sá Rosa ocorreu na tarde de ontem, no cemitério Santo Antônio.