Buscar

Microempresas do Estado poderão buscar até 60% dos recursos do FCO

Cb image default
(Foto: Divulgação)
Governo promete programa para ajudar os microempresários a buscar mais recursos Ampliar o número de operações do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) entre os micro e pequenos empresários de Mato Grosso do Sul, segmento que respondeu por 80% das contratações no ano passado, totalizando R$ 1,405 bilhão aplicados. Essa é a grande aposta do governo do Estado para atingir a meta de investimentos de R$ 1,386 bilhão no FCO neste ano, considerado de retração na economia. Deste total, 50% serão destinados ao segmento rural e 50% ao empresarial e a meta para 2015 é chegar ao índice mínimo de 60% de contratação por micro e pequenas empresas, além de inserir no FCO 25% das empresas que, até o momento, nunca haviam contratado pelo fundo, segundo informações do secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico e presidente do Conselho Estadual de Investimentos pelo FCO, Jaime Verruck.“Acreditamos que, para aumentar o número de operações, temos que aumentar o número de micro e pequenos empresários. O Estado vai lançar um programa estadual de apoio à micro e pequena empresa no mês que vem e, dentro desse programa estadual, nós queremos exatamente incentivar e fomentar as micro e pequenas empresas a tomar crédito. Vamos dar capacitação, empreendedorismo, regionalização e um dos itens é crédito”, destacou.O foco nos micro e pequenos empresários é estratégico e tem como objetivo abrir espaço para discussão de outro importante programa de investimentos, o Fundo de Investimentos do Centro-Oeste (FDCO), de acordo com o secretário. “Ele [FDCO] é só para grandes empreendimentos e, no ano passado nós, não utilizamos esses recursos. Neste ano, nós queremos utilizar o FDCO, que tem mais R$ 1,5 bilhão em investimentos para grandes empreendimentos, e realmente priorizar o FCO para os micro e pequenos empresários”, explicou. Banco do BrasilDados da superintendência regional do Banco do Brasil apontam que, em sete anos, o volume de financiamentos do FCO que envolvem os chamados mini, micro e pequenos negócios de Mato Grosso do Sul cresceu mais de 12 vezes, saltando de R$ 92 milhões, em 2007, para R$ 1,12 bilhão, no ano passado. De uma participação de apenas 26,5% na fatia total de investimentos liberados naquele ano, a grande virada se deu em 2011, ano em que a presença do segmento passou para 75,9% do volume financiado (R$ 896 milhões de um total de R$ 1,179 bilhão). Nos anos seguintes, a proporção de financiamentos para os projetos das micro e pequenas empresas manteve-se respectivamente em 63,3% (R$ 1,02 bilhão contratados, de um montante de R$ 1,62 bilhão) e 68,3% (R$ 996 milhões contratados, de um total de R$ 1,45 bilhão). Durante solenidade de posse dos membros do Conselho Estadual de Investimentos pelo FCO, em Mato Grosso do Sul, neste mês, o superintendente regional do Banco do Brasil, Marco Túlio da Costa, destacou que o cenário para investimentos exige prudência, mas também é o momento de buscar oportunidades no Estado, com grande potencial em florestas plantadas, biomassa, área agrícola e armazenamento de grãos. “O FCO é um alavancador num momento de crise e temos que aproveitar esse recurso, que é um recurso federal, constitucional, para que ele realmente combata esse cenário que a gente está vivendo, com produção, geração de emprego e renda. Esse é o nosso maior desafio, sermos otimistas, porém, realistas, com os pés nos chão, fazendo com que os empreendimentos sejam cada vez maiores e, com isso, promover o Estado, que cresce mais do que a média nacional há vários anos”, destacou.