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Mormo: Doze animais já foram sacrificados em decorrência da doença na região do Vale do Ivinhema

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Considerada uma enfermidade bacteriana infectocontagiosa grave que acomete principalmente os equídeos, o mormo pode acometer os carnívoros, os pequenos ruminantes e até o homem, e infelizmente os municípios de Batayporã, Taquarussu e Novo Horizonte do Sul têm casos confirmados.Doença infectocontagiosa grave é incurável e animais diagnosticados de forma positiva precisam ser sacrificados e incinerados A informação foi apurada pela reportagem na manhã de ontem (30) junto à Coordenação do Programa Estadual de Sanidade de Equídeos de Mato Grosso do Sul.Nas últimas semanas, no município de Batayporã, oito propriedades rurais são investigadas, das quais, três foram consideradas focos da doença por possuírem cavalos cujos exames deram positivo para mormo equino. Os três animais diagnosticados com a enfermidade já foram sacrificados, uma vez que a doença é incurável e contagiosa.Além de abatidos, os animais devem ser incinerados para evitar a contaminação do solo e dos recursos naturais. Além das três propriedades confirmadas como focos, as outras cinco seguem sob investigação e o órgão competente aguarda os resultados dos exames para confirmar ou descartar as suspeitas.Em Taquarussu, foi confirmado um foco da doença, onde três animais foram diagnosticados com mormo e devidamente sacrificados. Já no município de Novo Horizonte do Sul, houve o registro de um foco, no qual seis animais contaminados com a doença também foram sacrificados.Ainda segundo a Coordenação do Programa Estadual de Sanidade de Equídeos de Mato Grosso do Sul, em Nova Andradina houve apenas um caso suspeito de mormo equino, isso em 2015, porém, como não houve confirmação, o município não foi incluído nas estatísticas. Com relação aos demais municípios do Vale do Ivinhema, o órgão competente afirmou não haver casos suspeitos até o momento. Focos da doença também foram identificados em outras regiões do Estado. Sobre o mormo, a principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratória, genital e cutânea. Os estábulos coletivos são potenciais focos de disseminação da infecção e também pode ocorrer a contaminação pela ingestão de alimentos ou águas contaminados.Em caso de suspeitas de animais contaminados, Iagro deve ser comunicada imediatamente para apurar os fatos Não há dados precisos sobre a introdução do mormo no Brasil. Ao longo do século XIX várias ocorrências de mormo foram identificadas principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Campos, São Paulo e Salvador. Em 1959, um estudo realizado em uma fazenda no município de Campos revelou a presença do mormo e relatou a sua ocorrência naquela região desde 1956.Em 1966, o Instituto Vital Brasil encontrou animais reagentes à maleinização num grupo de eqüinos procedentes do estado do Rio de Janeiro que seriam utilizados na produção de soro. Em 1968, casos de mormo foram diagnosticados pelo Ministério da Agricultura em São Lourenço da Mata (PE), porém em 1988, o Boletim de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) considerou que a doença estaria extinta no Brasil, uma vez que, desde a sua constatação em Pernambuco, nenhum caso novo fora comunicado no período de 31 anos.Em setembro de 1999, através de notificação de pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco foram diagnosticados laboratorialmente sete animais positivos provenientes de usinas de cana-de-açúcar da zona da mata dos Estados de Pernambuco e Alagoas. A partir daí, o Mapa estabeleceu exigências, especialmente, para o trânsito interestadual de equídeos e para a participação em eventos.Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade de Equídeos de Mato Grosso do Sul, Kelly Noda Gonçalves, em caso de suspeita de animais contaminados, o proprietário deve acionar imediatamente uma unidade da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) para que uma investigação por meio de exames possa ser realizada. Segundo ela, a responsabilidade dos donos e cuidadores de animais é muito importante para evitar a contaminação em massa e suas consequências.(Nova News)