Idelmar da Mota Lima, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul. Esta é uma semana decisiva em Brasília, onde uma comissão mista (senadores e deputados federais) analisa as Medidas Provisórias 664, de 2014 (pensão por morte e auxílio doença) e a 665 (seguro desemprego e abono salarial). Uma comitiva sindical de Mato Grosso do Sul segue hoje para o Distrito Federal para participar e fazer lobby junto aos parlamentares para que votem em favor dos trabalhadores.“Vamos acompanhar os trabalhos dessa comissão mista nos dias 7, 8 e 9 de abril e vamos pressionar para que o trabalhador não saia perdendo com essas medidas”, afirmou Idelmar da Mota Lima, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS e coordenador da Força Sindical Regional MS.O chamado de sindicalistas de todo o Brasil para participar nesta semana de discussões em Brasília, está sendo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC, com sede em Brasília e à qual a Fetracom é filiada.De acordo com o calendário do Legislativo federal, nesta terça-feira, 7 de abril, haverá audiência pública com pesquisadores e especialistas na MP 665/14 e com as centrais sindicais na MP 665/14, a partir das 14 horas.Na quarta-feira (8), audiência pública com as Centrais Sindicais na MP 664/15 e com pesquisadores e especialistas na MP 665/14, também a partir das 14 horas.E na quinta-feira (9), audiência conjunta das duas MPs, com a presença dos seguintes ministros: Nelson Barbosa, do Planejamento; Carlos Gabas, da Previdência Social; Manoel Dias, do Trabalho e Emprego; Miguel Rossetto, da Secretaria-geral da Presidência da República e Helder Barbalho, da Pesca e Aquicultura.TerceirizaçãoDe acordo com Idelmar da Mota Lima, a CNTC também está confirmando a inclusão, como segundo ítem da pauta da Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 4330, de 2004 no dia 7 de abril de 2015, com início às 16 horas.“Esse é o famigerado projeto do então deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), propondo regulamentar o contrato de prestação de serviços a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. Ou seja, o famigerado projeto de terceirização, que significa o caos para os trabalhadores brasileiros”, afirmou o sindicalista.“Se esse projeto da terceirização passar, ou seja, se for aprovado no Brasil, podemos pegar a CLT e rasga-la, pois de nada mais vai servir diante de tamanho absurdo que representa essa terceirização”, criticou Idelmar dizendo que com esse projeto em vigor, acaba a relação da empresa com o empregado e, consequentemente, os direitos deste (empregado) serão lesados por empresas que pouco terão de responsabilidade sobre esses funcionários terceirizados.Diante de inúmeras ameaças tramitando no legislativo federal, o presidente da Fetracom/MS e presidente da Força Sindical MS, conclama o movimento sindical de Mato Grossso do Sul a fazer pressão junto aos parlamentares da bancada do Estado, para que não votem contra os interesses dos trabalhadores. “Nós estaremos vigilantes e quem votar contra o interesse da maioria do povo sul-mato-grossense, terá que responder aos eleitores nas próximas eleições”, adverte Idelmar.