Desde o início da pandemia em Mato Grosso do Sul até o fim da manhã desta quarta-feira (12), 558 moradores perderam a vida para o novo coronavírus. Em média, são 4 sul-mato-grossenses que perdem a vida no Estado por dia.Os números assustam principalmente se relacionarmos com a velocidade com que o vírus vem ceifando vidas nas últimas semanas, quando o Estado vem ocupando posição de destaque no ranking de alta contaminação e morte pela doença no Brasil.Apesar da pandemia ter chegado ao Estado nas primeiras semanas de março com casos suspeitos, inclusive ocasionando em fechamento do comércio de Campo Grande a partir do dia 21 de março, a primeira morte só foi registrada em Mato Grosso do Sul no dia 31 de março.Eleuzi Nascimento, de 64 anos e moradora de Batayporã morreu em Dourados, distante 225 quilômetros de Campo Grande. Ela foi contaminada após ter contatos com parentes que viajaram à Bélgica. Àquela época, os casos no exterior explodiam, com surto que causou isolamento total na Itália e em outros países do continente.A evolução na quantidade dos casos que culminaram em morte foi lenta no Estado no início da pandemia. A 10ª morte causada pelo coronavírus por aqui foi registrada no dia 3 de maio, mais de 30 dias após o primeiro registro.Até então, era comum que os boletins diários da doença passassem alguns dias sem trazer novos óbitos pelo Covid-19, apesar do aumento de casos confirmados da doença.O aumento dos casos, contudo, teve tração a partir de junho e a partir do mês passado, em julho, passou a ser quase que constante o status de “taxa alta” nos números de contaminação e mortes da doença no Estado, se comparado a outras unidades da federação.Até o início da tarde desta quarta-feira (12), 558 pessoas perderam a vida após complicações da doença, uma média de 4,1 vidas perdidas por dia.Estratégias contra o vírusDesde que o número de casos aumentou, prefeitos têm tentado de várias maneiras frear o avanço do vírus. Entre as estratégias utilizadas nas cidades estão toque de recolher, proibição de consumo de álcool em locais públicos, fechamento de praças, parques, comércio e shoppings, instalação de barreiras sanitárias e até bloqueio de entrada de visitantes, como foi ocaso de Anastácio na última semana. Em Campo Grande, a primeira ação se deu logo em 19 de março, quando a prefeitura publicou um dos primeiros decretos definindo fechamento do comércio em 21 de março. Àquela altura, a expectativa é que com os locais fechados, diminuísse a circulação de trabalhadores nos ônibus, que tiveram lotação reduzida, e que moradores respeitassem o isolamento social em casa.O comércio reabriu e muitos serviços foram retomados, no entanto, muitos trabalhadores seguem no formato home office e contribuem para o isolamento. A partir desta quarta-feira (12), na Capital será proibido o consumo de bebida alcoólica em locais públicos. A intenção do poder público é diminuir o trânsito de pessoas alcoolizadas e, assim, reduzir acidentes que têm contribuído para lotação de leitos nos hospitais.