Estudantes universitários do Alabama, nos Estados Unidos, fizeram uma festa com uma competição que premia a primeira pessoa infectada pela covid-19. O “vencedor” da disputa recebe um valor em dinheiro arrecadado com as entradas da festa. A covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, deixou cerca de 521 mil mortos em todo o planeta – um quarto nos EUA. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com 128 mil mortes e 2,73 milhões de pessoas contaminadas.O registro da festa foi feito pela rede de televisão americana CNN e ocorreu na cidade de Tuscaloosa, que tem cerca de 100 mil habitantes. Os relatos indicam que os participantes eram convidados por outros amigos e conhecidos para tentarem pegar o vírus o quanto antes possível.“No início, pensamos que eram rumores. Mas fizemos algumas investigações, médicos confirmaram e o Estado também confirmou que tinha a mesma informação”, disse Sonya McKinstry, uma vereadora da cidade.Nesse tipo de festa, a pessoa que for infectada primeiro com o coronavírus recebe o dinheiro pago pelas entradas na festa. As autoridades afirmam que a região teve várias festas semelhantes nas últimas semanas. “Não é apenas irresponsável, você pode ainda contrair o vírus e levá-lo para a casa, para os seus pais, seus avós”, reclamou McKinstry.A porta-voz do Departamento de Saúde Pública do Alabama, Arrol Sheehan, afirmou à rede ABC News que a lei vigente obriga pessoas infectadas com covid-19 a permanecerem duas semanas em casa. “Suspeitas de violações da quarentena devem ser relatadas à polícia e ao departamento de saúde local”, recomendou. O valor para quem violar a lei é de US$ 500 (R$ 2.672).De acordo com um levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, o Alabama registrou 995 mortes decorrentes da covid-19 e aproximadamente 39 mil contaminações. A cidade de Tuscaloosa determinou o uso obrigatório de máscara esta semana e intensificou as investigações para acabar com esse tipo de evento. Os EUA tiveram nesta semana mais de 50 mil contaminações pelo segundo dia seguido, os maiores registros desde o início da pandemia.