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Obra da 1ª usina de MS movida a restos de madeira começa em abril

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(Foto: Divulgação)
As obras do projeto da usina termelétrica (UTE) Onça Pintada terão início em abril, no município de Três Lagoas, com previsão de término para o segundo semestre de 2020. Quando estiver em operação, o empreendimento terá capacidade para gerar 50 MWh (megawatt-hora) de energia para o sistema elétrico nacional a partir de 2021, o suficiente para abastecer por 90 dias uma cidade como Três Lagoas. Pelo projeto original, o empreendimento seria instalado em Selvíria, mas estudos mostraram que a implantação seria melhor dentro da própria área da unidade em Três Lagoas.De acordo com informações do diretor industrial da Eldorado Brasil Celulose, Carlos Monteiro, o investimento no empreendimento será de R$ 350 milhões e durante a obra haverá um pico de trabalhadores indiretos que poderá chegar a até 1.500 pessoas. A partir da operação, esse número terá escala menor, com colaboradores diretos. A compensação ambiental a ser paga ao Estado será de R$ 1,7 milhão.O consumo de biomassa para produzir energia será de aproximadamente uma tonelada de biomassa por megawatt-hora de energia produzido. Em janeiro de 2021, a UTE Onça Pintada iniciará a disponibilização de energia para o sistema elétrico nacional.O empreendimento será a primeira usina geradora de energia a partir de biomassa de eucalipto a entrar em operação em Mato Grosso do Sul, fato que inaugura uma nova fase na silvicultura estadual.Mato Grosso do Sul tem outras três termelétricas cujas obras ainda não começaram, mas que já obtiveram aval da União: a Eldorado e Cerona, em Nova Andradina; e a Costa Rica I, em Costa Rica. Esta última foi enquadrada pelo governo federal no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) em 2017.PotencialA energia da biomassa deverá responder por 11% da matriz mundial em 2020, segundo estimativa da Agência Internacional de Energia. Além disso, o Brasil possui grande potencial de crescimento para a energia por biomassa. O relatório Energy Outlook, da Agência Bloomberg, estima que o setor deverá receber investimentos de US$ 26 bilhões até 2040. Outras fontes alternativas de energia, como solar e eólica, também tendem a crescer nos próximos anos, influenciadas pela tendência de que grandes empresas, que geram a própria energia, troquem os combustíveis fósseis por fontes alternativas de baixo impacto ambiental. (Com informações da assessoria)