Livro possui diversas ilustrações de casos reais Aquele vestígio imperceptível a olho nu, o trajeto de uma bala, a mancha de sangue e um objeto esquecido no cenário do crime. Os detalhes que fazem a diferença em um inquérito policial, por exemplo, são a rotina de trabalho e fazem parte das considerações de um perito. Em Mato Grosso do Sul, após 27 anos de experiência no Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), Amilcar da Serra e Silva Neto, de 56 anos, reuniu casos reais e criou um manual prático para peritos, que se tornou referência nacional no atendimento a locais de morte violenta.Perito atuou por 27 anos para fazer manual em MS. É voltado para a área da perícia, mas com situações reais e casos notórios, que chamaram a atenção da população e da mídia. Falamos, por exemplo, do Caso Motel e do delegado Paulo Magalhães. O manual, que já está na segunda edição, dessa vez teve a parceria de um perito do Distrito Federal. O lançamento está previsto para o dia 11 de outubro deste ano, em um seminário de morte violenta que ocorrerá em Santos, afirmou ao G1 o perito.São ao todo 22 capítulos, tendo investigadores, delegados, promotores e juízes, principalmente. Todos os operadores do Direito podem tranquilamente ter este livro de cabeceira, pois discutimos o comportamento em um local de crime, como deve agir e interpretar aquele vestígio, além da interpretação de laudos periciais e com o diferencial dele ser rico em casos. Também não há uma cronologia, mas sim uma ordem quando falamos nos capítulos de balística, entomologia forense, manchas de sangue e outros, comentou Amilcar.Perito participou de casos de grande repercussão na mídia. Sobre o trabalho do perito, Silva ressalta que é de extrema importância para a sociedade.Não existe uma matéria sequer em que o delegado deixa de falar que está aguardando o resultado da perícia. Por aí, é possível entender a importância do nosso trabalho. No Caso Marielly, por exemplo, que também teve bastante repercussão a nível nacional, demos vários caminhos antes mesmo de sabermos da gravidez da jovem. Com o exame de local, foi possível entendermos o que estava acontecendo e falamos inclusive de uma possível gestação, relembrou.Atuante em parceira com Amilcar há 14 anos, o perito Sávio Ribas, que atualmente é Diretor de Apoio Operacional da Coordenadoria Geral de Perícias, explicou que o livro é completo e cativante.Ele (Amilcar) é a nossa referência no Estado e estes exemplos são esperados há muito tempo. Os escritores, já que existe a parceira com o perito Alberi Espíndula, não expõem as vítimas, mas usam exemplos práticos do que realmente ocorreu e os procedimentos adotados. Nessa era do C.S.I é apaixonante, a leitura é cativante, finalizou.