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Pesquisa aponta homens adultos como grupo de risco para doenças cardiovasculares em MS

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(Foto: Divulgação)
Estamos vivendo cada vez mais, a expectativa de vida aumenta no ritmo dos avanços da medicina, porém, viver mais nem sempre é sinônimo de viver bem. Ainda hoje, nota-se a adoção de estilo de vida sedentário, dietas inadequadas e a insegurança alimentar por grande parte da população, contribuindo com o aumento do sobrepeso e obesidade e dando espaço às doenças crônicas.A situação nutricional da população é mais crítica e menos conhecida quando se trata dos homens, pensando nisso a pesquisadora e nutricionista Vivian Rahmeier Fietz, desenvolveu o projeto de pesquisa “Fatores de Risco para doenças cardiovasculares em homens adultos e idosos”.O projeto tem como objetivo verificar a situação nutricional por meio do IMC (Índice de Massa Corporal) e RCQ (Razão Cintura/Quadril) em homens adultos e idosos do município de Dourados (MS), além de verificar os níveis pressóricos, glicemia e orientar sobre a necessidade da adoção de hábitos mais saudáveis em relação ao estilo de vida.O projeto de pesquisa é uma parceria entre o Governo do Estado por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).De acordo com Vivian, foram coletados dados a partir de questionário e fornecidas orientações por meio de cartilha explicativa.As orientações basearam-se principalmente em relatar os resultados da situação nutricional, pressão arterial e glicemia. Na sequência, foram realizadas orientações individualizadas abordando a necessidade da adoção de alimentação saudável (principalmente em relação ao consumo de doces, frituras e sal) e a necessidade de atividades físicas.“Na primeira etapa foram atendidos 210 homens acima de 40 anos de idade. Na continuidade já atingimos mais de 600 participações. De maneira geral, notou-se que os homens mais jovens, até 40 e 50 anos, são menos preocupados com seu estado de saúde do que aqueles acima de 60 anos. Grande parte não tinha conhecimento algum de seu estado de saúde e jamais haviam verificado níveis pressóricos ou glicêmicos”, afirma Vivian.Os mais jovens (adultos) apresentaram índices de IMC e RCQ maiores do que os idosos, também realizavam menos atividade física regular e, quando ocorria, resumia-se a jogo de futebol (acompanhado de churrasco e cerveja). “O principal motivo do desconhecimento foi pela falta de tempo. Além disso, os mesmos trabalhavam nos horários que seria possível fazer uma consulta com nutricionista, médica ou enfermagem. Também ficou clara a despreocupação, pois relatavam se sentir bem, no entanto, se queixavam do desconforto por causa do sobrepeso ou obesidade”, explica.Os mais velhos (idosos) relataram fazer consultas regularmente, pois tinham mais tempo e realmente estavam preocupados em viver um pouco mais e com qualidade. Os trabalhos foram realizados em supermercados, nos finais de semana ou feriados, quando um número maior de homens sai às compras.“Como conclusão geral, observou-se que a maioria dos homens apresentou sobrepeso e relataram o consumo de alimentos com alta densidade calórica, além de sal e açúcar em excesso. Percebeu-se que os homens, de maneira geral, têm deixado sua saúde em segundo plano e incrementado mais o prazer de comer e beber”, conclui Vivian.