Publicado em 30/08/2014 às 03:00,

Polícia investiga mãe e padrasto suspeitos de espancar criança no DF

Redação, Do G1 DF
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(Foto: Divulgação)
Marcas na perna e coxa de supostas agressões a menino de 5 anos em Águas Claras A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a mãe e o padrasto de um menino de 5 anos, por suspeito de espancamento. A família mora em um apartamento de luxo em Águas Claras. O Conselho Tutelar transferiu a guarda do garoto para o pai biológico, em caráter provisório.As agressões teriam ocorrido na última sexta-feira. A denúncia foi feita pela babá do menino, que fotografou as marcas de agressão e encaminhou o material ao Conselho Tutelar. Uma equipe foi ao apartamento da família para verificar a situação e encontrou o menino dormindo, na companhia da empregada.De acordo com o conselheiro Iran Magalhães, a mulher confirmou as agressões por parte do padrasto, mas disse estar com medo da reação dos patrões. Ela chegou a receber uma ligação da mãe durante a visita e foi orientada a não deixar a equipe entrar na casa ou ver o menino.Então ele acordou, e foi um momento bastante emocionante para a gente. Ela explicou quem éramos e disse: Eu não prometi que o tio [o padrasto] nunca mais iria te machucar? O menino a abraçou, e depois nos contou tudo, disse Magalhães.Ainda segundo o conselheiro, a mãe esteve na instituição na terça e negou que o padrasto fosse o autor das agressões. Ela teria dito que bateu na criança para corrigi-la e que achava a situação normal.Questionei se ela achava correto espancar, e ela disse que não, que ela não espancou, que corrigiu. Não espanquei, cresci apanhando, bato na hora que eu quero, foi o que ela me disse, afirmou.Em depoimento, o pai biológico afirmou que desconhecia as agressões, e que perdeu o contato com a família nos últimos três meses. Até as 16h desta sexta (29), a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente ainda tentava intimar a mãe e o padrasto para prestarem depoimento.Segundo o delegado Reinaldo Lobo, responsável pelo caso, a criança apresenta sequelas psicológicas da agressão. Ele chora muito, está muito agressivo. A toda hora conta que foi agredido pelo padrasto, diz.Segundo depoimentos de testemunhas, a mãe disse que o garoto tem distúrbio de atenção e é hiperativo – o que, na visão dela, poderia justificar as agressões.A Polícia Civil aguarda o laudo definitivo do Instituto Médico Legal, que deve ser concluído na próxima semana. O casal será indiciado por maus tratos, e a pena varia de dois meses a um ano (ou pagamento de fiança). Ambos respondem em liberdade.