Em 2019, sem representação, a defesa da mulher é discutida apenas por homens na Assembleia Legislativa. Apesar de garantir duas senadoras para representar Mato Grosso do Sul, os eleitores não escolheram nenhuma parlamentar no âmbito estadual e a discussão vai ser conduzida por pessoas que, apesar de sensíveis às questões, não conhecem a realidade da mulher.Ainda assim, um dos temas sensíveis sobre a questão de gênero já foi levantada nesta semana: a violência doméstica. O assunto foi puxado pelo deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB), autor de quatro leis de proteção à mulher, que abordou o aumento do índice de violência no Estado.“É inadmissível permitir que a mulher sul-mato-grossense e brasileira ainda passe por isso. Aqui no Estado existe uma grande rede de proteção, não sei se o fato contribuiu para aumentar ainda mais o índice da violência doméstica. Os brasileiros devem se conscientizar de seu papel enquanto cidadãos e aí teremos um País e um Estado mais tolerante, justo e igualitário”, comentou.O deputado Marçal Filho (PSDB) propôs a criação de duas Frentes Parlamentares, uma delas é a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher. Rinaldo defendeu que é preciso uma mudança cultural, através de ações de educação preventiva nas escolas, e ressaltou iniciativa própria que criou o programa “Lei Maria da Penha vai à escola”.“É necessário falar ainda mais deste assunto, pois podemos salvar vidas com isso, criando também a cultura da paz, o princípio da tolerância e o aprendizado do convívio com as divergências. Este tema tem que permanecer vivo em nossos debates”, destacou Professor Rinaldo.Para Marçal, é preciso que o menino, ainda criança, tenha consciência do respeito que deve ter por todos, inclusive meninas e mulheres. Segundo ele, não é preciso apenas endurecer as leis, e sim uma mudança e aperfeiçoamento da cultura na qual vivemos.O deputado Capitão Contar (PSL), membro da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, reforçou que a palavra de ordem é a prevenção para que situações de violência não aconteçam.Para Barbosinha (DEM), as causas de violência não envolvem apenas a Segurança Pública, envolvem todos os setores da sociedade, como a educação.
Sem representação, defesa da mulher é discutida por homens na Assembleia de MS
Redação, Topmidia News
04/03/2019 às 03:00 •