Sindicalistas pedem a derrubada das medidas provisórias que tiram direitos dos trabalhadores Cerca de 120 dirigentes sindicais de todo o Mato Grosso do Sul se reuniram na manhã de ontem em frente ao prédio do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em Campo Grande, para protestar contra as medidas provisórias 664 e 665, anunciadas no final do passado e que prejudicam alguns benefícios dos trabalhadores, como, por exemplo, a dificuldade em sacar o seguro desemprego e seguro defeso.A CUT – MS (Central Única dos Trabalhadores) também está preparando uma caravana para São Paulo, onde está marcado um protesto para o dia 26 de fevereiro, na Praça da Sé.No dia 30 de dezembro a presidente da República editou as Medidas Provisórias nº 664 e 665, que, entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença.Para o presidente da CUT-MS, Genilson Duarte, o governo federal não pode colocar nas costas dos trabalhadores as dívidas que tem. “Não podemos deixar o governo cobrar dos trabalhadores as contas que não são deles. Precisamos derrubar essas medidas, caso chegue a ir para votação no Congresso Nacional nós vamos até Brasília para pressionar os deputados”, afirma Duarte.O ato contou com a presença de quase todos os representantes dos 126 sindicatos filiados a CUT em Mato Grosso do Sul. Cerca de 80 dirigentes, entre diretores e presidentes sindicais estavam participando da ação em frente ao Ministério do Trabalho. “Este ato reuniu somente dirigentes de sindicatos filiados a CUT. Foi um protesto somente com pessoas representantes de sindicatos do interior e da capital filiados a nós”, afirma Duarte.Não podemos deixar o governo cobrar dos trabalhadores as contas que não são deles. Precisamos derrubar essas medidas” (Genilson Duarte, Presidente da CUT-MS).Outro ponto levantado pelos sindicalistas é o problema que o Brasil enfrenta atualmente quando se trata de estabilidade no emprego. Segundo a assessoria de imprensa da CUT no Estado, a instabilidade de empregos no Brasil prejudica muitos os trabalhadores. “Os empresários demitem muito facilmente e agora se essa medida for votada e virar lei, o grande prejudicado será o empregado”, diz trecho da nota enviada pela assessoria.Uma caravana para participar da 9° Marcha da Classe Trabalhadora que será realizada em São Paulo, está prevista para sair do Estado levando os sindicalistas. Segundo Duarte a expectativa é reunir aproximadamente 80 mil pessoas na Praça da Sé, na capital paulista. No ano passado, a 8ª Marcha reuniu 40 mil pessoas em São Paulo. (Com DiárioMS).
Sindicatos protestam contra medidas do governo que prejudica benefícios
Redação,
29/01/2015 às 02:00 •