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Sorteados com casas apelam à prefeitura por reintegração

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Centenas de pessoas contempladas com unidades habitacionais no Conjunto Dioclécio Artuzi II, invadido por 450 famílias durante o final de semana, se concentraram esta manhã em frente ao prédio do Centro Administrativo Municipal (CAM) para cobrar explicações da prefeitura.As famílias sorteadas estão apreensivas e temem perder os imóveis no condomínio onde a polícia também registrou furtos de materiais de construção, como pias, vasos, entre outros. No local, mulheres choram e se dizem temerosas em ficar sem a casa conquistada depois de tanto tempo.Segundo os secretários, de Governo, José Jorge Filho e o de Planejamento, Luis Roberto Araújo, que conversaram com os representantes dos futuros proprietários, o grupo não corre risco de perder as casas a que tiveram direito mediante sorteio público realizado ano passado pela prefeitura, Caixa Econômica e representantes do Ministério das Cidades.Segundo os secretários, a empreiteira LC Braga ainda não concluiu nem tampouco entregou a obra à prefeitura. Desta forma, tanto a empresa quanto a Caixa são ainda as responsáveis pelos imóveis e devem, nas próximas horas, apelar à Justiça para mover ação de despejo e a reintegração de posse das unidades habitacionais do Conjunto Dioclécio Artuzi II.Hoje, a partir das 15h, representantes das famílias sorteadas terão reunião com a gerência da Caixa Econômica para buscar solução ao problema. O grupo, também, tenta uma vaga na agenda do prefeito Murilo e foi informado que a reunião deve ficar para amanhã.Conforme noticiou o jornal Douradosagora, as 450 casas populares que estão sendo construídas no Residencial Dioclécio Artuzi II foram invadidas na manhã e tarde de sábado em Dourados. Centenas de famílias chegaram de vários bairros de Dourados, já que a notícia da invasão circulou rápido. Houve furtos de mais de 200 peças de materiais como vasos sanitários, pias e pisos, segundo os moradores. Um outro movimento também estaria invadindo casas, e negociando a “venda” fora do empreendimento, segundo moradores.De acordo com moradores uma movimentação por um grupo de pessoas que não foram sorteadas motivou a invasão coletiva. Elas, segundo os moradores, teriam se organizado com algumas lideranças ligadas a movimentos e invadiram o local na certeza de que não seriam retirados, conforme denúncia. Segundo informações apuradas no local, alguns moradores que não foram contemplados com as casas chegaram a “pagar” mensalidades a um movimento que já arquitetava a invasão.