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Um ano após assassinato brutal de travesti Dandara, réus vão a júri

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(Foto: Divulgação)
Um ano após o assassinato brutal da travesti Dandara dos Santos, em Fortaleza, que repercutiu nacionalmente devido a gravação do vídeo em que ela era espancada com crueldade cair nas redes sociais, os réus do caso serão julgados em março.O crime ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2017. Seis das doze pessoas identificadas como autoras do crime serão levadas à 1ª Vara do Júri Popular de Fortaleza. Outras duas pessoas que cometeram o crime estão foragidas.O que motivou a rapidez do julgamento foi a crueldade do registro em vídeo do assassinato de Dandara. No geral, apenas 10% dos casos de homicídio em todo o Brasil são investigados e julgados.“O vídeo é chocante e os acusados acreditavam tanto na impunidade que praticaram esse crime horrível e ainda tiveram a ousadia de filmar o crime, mas foram frustrados, pois foi o vídeo que gerou essa dedicação toda”, diz o promotor de Justiça Marcus Renan Palácio.“O caso Dandara é emblemático pelo sentimento homofóbico que moveu os acusados a perpetrar essa barbárie, mas não existe ainda a tipificação do crime de homofobia, como existe hoje o feminicídio”, completou Palácio.Em 2017, o Brasil foi recordista no número de homicídios de pessoas trans, chegando a 179 mortes, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Dessas, dezesseis foram no Ceará.