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Ivinhema: Natal pode ser um dos piores dos últimos tempos

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Nas contas da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o volume de vendas do varejo restrito, que não inclui veículos e materiais de construção, deve recuar 4,1% em dezembro em comparação com o mesmo mês de 2014. O desempenho do Natal deve ser pior do que o resultado do ano acumulado até agosto (queda de 2,4%), medido pelo IBGE, e também do volume de vendas esperado para o ano todo (queda de 2,9%) pela CNC, diz Fabio Bentes, economista da CNC e responsável pelas projeções. Para chegar a esse número, ele considerou retração de 2,8% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e inflação de 9,5%. Mas o quadro pode piorar se devido ao reajuste dos combustíveis, a inflação bater na casa de 10% e, com isso, disparar mecanismos de indexação de preços na economia. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Ivinhema, com os pagamentos do decimo terceiro os recebimentos de débitos estão se aumentando gradativamente no comércio, mas para saber um número exato das vendas devemos aguardar a finalização do mês, afirma ele. De acordo com economistas o natal de 2015 deve ter o pior desempenho para o comércio em pelo menos 12 anos, onde desde 2004, os números apontavam crescimento em relação ao ano anterior. Desta vez, por causa da crise, a expectativa é que as vendas engatem marcha ré e essa perspectiva de recuo atípico do consumo na principal data para o varejo já provoca estragos. A indústria ocupa hoje o menor nível de capacidade de produção das fábricas e o emprego temporário de fim de ano até agora não deslanchou.Avenida Brasil do município de Ivinhema. O Site Plantão Angélica foi até os vendedores, proprietários de loja, mercados, para pesquisar como andam as vendas neste mês de Natal, se caíram, se aumentaram ou se permanecem como no ano passado.Estivemos em lojas tradicionais da cidade de Ivinhema, onde pessoas da sociedade frequentam e em conversa com uma vendedora a mesma nos informou que as vendas continuam regulares, com os mesmos clientes e as mesmas procuras.Comerciantes de duas lojas populares no centro da cidade, com preços acessíveis nos informaram que observando a olho nu sem um percentual exato as vendas em relação aos outros meses nem melhoraram nem pioraram, já em relação aos outros anos este esta sendo o pior da história.Nestas lojas de roupas as vendedoras nos relataram que os clientes estão comprando apenas roupas de extrema necessidade e que a procura por presente de natal é rara e acreditam que pode diminuir ainda mais.Em conversa com vendedoras das lojas de Preço único, uma de R$ 10,00 e outra de R$ 15,00 as mesmas nos informaram que as vendas estão ótimas, que este mês tem sido o melhor do ano, com procuras de presentes de natal, presentes de amigo secreto, ou seja, muitas pessoas procurando por produtos de peço único e baixo.Os clientes também estão a procura de chocolates, na loja da cacau show não foi diferente. Na hora de comprar lembrancinhas, presentes para amigos, variedades para o fim do ano, a proprietária tem conseguido recuperar suas vendas e alavanca-las, pois no mês passado seu faturamento havia caído 40%, e agora próximo ao Natal à procura pelos tradicionais panetones é alta, além das lembrancinhas de R$ 20,00 que está sendo o valor estipulado nos amigos secretos este ano.Nos mercados da cidade as vendas estão bem devagar, segundo seus gerentes e proprietários os consumidores estão optando por comprar os produtos mais básicos, de necessidade, optando por promoções de carnes, aves e diminuindo a procura de panetones, champanhes e afirmam que em relação aos anos anteriores as vendas diminuíram muito.Em vários comércios, de vários ramos, podemos concluir que a crise econômica que o Brasil enfrenta hoje afetou diretamente as vendas natalinas, que é considerada a data mais lucrativa para o comércio em geral. Dentre as demais atividades, as que estão ganhando mais ênfase de sucesso são as que possuem opções mais econômicas com qualidade. Sendo assim podemos esperar que o natal de 2015 será um dos mais econômicos dos últimos tempos.