A Polícia Civil precisou desenterrar um corpo, no município de Ivinhema, para elucidar um homicídio. O caso foi registrado no início de outubro, porem, só chegou a um desfecho agora, após o delegado Ricardo Cavagna desconfiar de informações até então desencontradas.Autor do homicídio é um adolescente de 17 anos Mesmo não estando de plantão, eu recebi a informação de que havia ocorrido um homicídio. Entrei em contato com os plantonistas e eles não haviam sido informados. Não havia se quer registro de agressão. Também chequei na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros, mas não havia nada, contou o delegado titular de Ivinhema.Em seguida, Cavagna entrou em contato com o hospital e obteve a informação de que um homem (identificado como Rafael Francisco da Silva de 34 anos) havia dado entrada na unidade, contudo, o registro de óbito às forças de segurança não teria sido efetuado por, até então, tratar-se de um caso de morte por parada cardiorrespiratória, em decorrência de uma overdose.“Acionei os plantonistas, fomos apurar e descobrimos que, na realidade, foi um caso de homicídio. A vítima havia discutido com dois adolescentes, quando, um deles, desferiu-lhe uma paulada. O homem caiu e ficou ali sangrando”, revelou Cavagna a partir do depoimento de testemunhas.Com estas informações, o próprio delegado abriu um boletim de ocorrência e levou as testemunhas à Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, incluindo o adolescente que assistiu ao golpe. A partir dos novos dados, a identidade do autor do homicídio (um adolescente de 17 anos), e sua localização foram descobertas.Mas como ocorreu esse fato novo no caso e a certidão de óbito foi por parada cardiorrespiratória por abuso de drogas, fizemos a exumação do corpo, com autorização judicial, constatando que a causa da morte foi, na verdade, um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico) em razão da pancada, complementou o delegado.Com a localização do acusado, foi solicitada a internação provisória do adolescente, que foi detido e encaminhado para internação na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Dourados. Em oitiva, o suspeito optou em permanecer em silêncio.(Com Jornal da Nova)