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Aquário: governador quer punição aos culpados e ressarcimento aos cofres

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(Foto: Divulgação)
Após relatório que apontou morte de mais de 10 mil peixes comprados para abastecer o Aquário do Pantanal, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), reivindicou punição aos culpados e voltou a dizer que a compra dos animais sem data para inauguração da obra foi falta de planejamento por parte da gestão anterior, comandada por André Puccinelli (PMDB). Além disso, o tucano vai solicitar ressarcimento da verba perdida com a mortandade das espécies, algumas de origem africana, asiática e australiana. Cerca de R$ 120 mil por mês são gastos para mantê-los vivos.Segundo o chefe do Executivo, o Ministério Público Estadual apura mais de uma denúncia relacionada ao caso e só depois da investigação será possível apontar o culpado pelas mortes. “O MPE acionou inquérito civil para apurar quem é o responsável. Eu já disse que isso foi falta de planejamento. Compraram os peixes há um ano, sem ter data para a entrega desta obra que é complexa”, avaliou. Na última quarta-feira (10) ele chegou a dizer que o Aquário ficará pronto em 2016, porém ainda não há data exata.O MPE faz parte da comissão montada no início do ano pelo governo do Estado justamente para acompanhar o andamento da construção. Azambuja garante que, independentemente de qualquer coisa, o grupo tem autonomia para conduzir a investigação. Representante do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) também está entre os integrantes.“Todas as denúncias estão sendo apuradas. O MPE está investigando para encontrar o responsável e com certeza, se houver, será punido, terá que assumir seus atos”, garantiu. Em relação ao que foi gasto com os peixes mortos ele foi categórico. “É o que cabe ao Estado: ressarcimento. Várias espécies já se perderam porque ficaram muito tempo fora do habitat natural”, lamentou.Na manhã de hoje a empresa Anambi, que faz o tratamento e conservação dos peixes, apresentou levantamento revelando que 10.160 exemplares morreram. Entre as causas estão mudanças de temperatura da água, bactéria e transporte. A obra começou em 2011 e a inauguração foi adiada inúmeras vezes. O custo, que inicialmente era estimado em R$ 80 milhões, pode bater a casa dos R$ 230 milhões.A situação é tão delicada que a Assembleia Legislativa também montou comissão para fiscalizar o término da construção. O deputado Estadual, Amarildo Cruz (PT), que faz parte do grupo, adiantou que representantes da Polícia Militar Ambiental,  Semade (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e  Fudect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) serão chamados para dar esclarecimentos. “Temos que saber como está a obra para  acharmos uma solução”, explicou o petista.