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Audiência pública debate crise entre os frigoríficos de Mato Grosso do Sul

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(Foto: Divulgação)
Está prevista para esta sexta-feira (10), a partir das 08h, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, uma audiência pública para debater a crise que afeta o setor frigorífico no Estado, onde, pelo menos, 15 empresas, que atuam no ramo da carne, teriam fechado suas portas nos últimos anos, entre elas, a Minerva Foods, localizada em Batayporã, e que deixou mais de 700 desempregados.O Frigorífico Minerva, que atuava em Batayporã desde 2006, deixou de funcionar no dia 01 de julho, quando seus funcionários receberam as confirmações de dispensa. O clima de tensão também paira sobre Nova Andradina, onde a unidade do Frigorífico JBS, que opera na cidade desde 2012, deu férias coletivas a aproximadamente 430 trabalhadores nesta quarta-feira (08). A paralisação deve durar 20 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 10 dias, podendo totalizar um mês.Na última semana, os deputados Paulo Corrêa e Márcio Fernandes, que integram respectivamente as comissões de Turismo, Indústria Comércio e Agricultura e Pecuária, receberam oficialmente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidoras de Carnes do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes-MS) denúncia sobre o arrendamento e fechamento de pequenos frigoríficos do Estado por empresas maiores, além da demissão em massa de milhares de funcionários do setor.Ainda segundo a denúncia, a ação estaria sendo feita pelos grandes frigoríficos que hoje dominam o mercado da carne no Brasil, caminhando para a formação de um monopólio. Frente à reclamação, Paulo Corrêa propôs a realização de uma audiência pública para esclarecer as informações e ouvir as empresas e entidades envolvidas. A discussão foi marcada para sexta-feira (10), a partir das 8h, no Plenário Júlio Maia, na Assembleia Legislativa.Devem participar da audiência representantes das empresas Marfrig, JBS e Minerva. O grupo JBS que controla o mercado frigorífico no Brasil e recentemente se tornou a maior empresa de capital privado do país, com receita líquida anual de R$ 120 bilhões, é um dos apontados pela Assocarnes como responsável pelo fechamento das plantas em Mato Grosso do Sul.