Dez mil dos cerca de 12,5 mil peixes que foram levados para os reservatórios da Polícia Militar Ambiental (PMA), em Campo Grande, entre novembro e dezembro do ano passado, onde ficariam por período temporário, até que o Aquário do Pantanal ficasse pronto, morreram. A maioria dos animais não suportou a mudança de temperatura e foi exterminada pelo frio. O histórico das mortes foi confirmado por Geraldo Augusto da Silva, diretor da Anambi Análise Ambiental, empresa escolhida pelo governo estadual (ainda na gestão de André Puccinelli, PMDB), em junho do ano passado, para cuidar da manuteção dos peixes. Pelo contrato firmado com o governo, de duração de 24 meses, com a possibilidade de ser prorrogado, a empresa embolsaria R$ 5,2 milhões.Geraldo Silva não quis comentar qualquer detalhe acerca das mortes dos animais. “O governo me proibiu de falar sobre o assunto”, resumiu o diálogo, por meio de ligação telefônica, ontem à tarde. Com cópia do relatório que noticia as mortes dos animais, preparado pela própria Anambi, a reportagem pergunta se era verdade o que estava escrito no documento. “Sim, isso aí é deles [governo] e não vou falar nada”, disse Silva, que logo se despediu.Em reportagem publicada ontem pelo Correio do Estado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que “alguns peixes tinham morrido”.