Publicado em 05/07/2015 às 03:00,

Estado quer tornar Caravana da Saúde programa permanente em MS

Redação, Correio do Estado
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(Foto: Divulgação)
Grupo aguarda por cirurgia de catarata em Paranaíba O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou na manhã de ontem que pretende tornar a Caravana da Saúde um programa permanente, fixado em lei, para zerar a fila de cirurgia para todas áreas e especialidades da saúde até o fim de seu mandato em 2018. A medida já tem apoio de líderes de bancada na Assembleia Legislativa, e deve ser formalizada ainda este ano. Apesar dos resultados da ação, secretários municipais de saúde afirmam que a passagem permanente da Caravana não é suficiente para resolver a saúde no interior, e exigem maior participação do Estado no custeio de hospitais.Azambuja afirmou que vai zerar ainda nesse ano toda a fila de espera da cirurgia de catarata (cerca de 14 mil pessoas). De março até agora, 7.447 operações foram feitas, mais que o acumulado dos últimos quatro anos. “Os resultados são visíveis e estamos mudando a vida das pessoas. A gente tem todo o interesse em tornar a Caravana um programa de governo para garantir que todas as outras filas da saúde sejam zeradas”, afirmou Reinaldo após a solenidade da ação, que celebrava o aniversário de 158 anos de Paranaíba. A ideia é apoiada pelos deputados Eduardo Rocha (PMDB)  e Paulo Corrêa (PR), que reiteraram que já existe um acordo de líderes para que, assim que o Executivo encaminhar o projeto de lei, seja aprovado em plenário o novo programa.A Caravana da Saúde tem um impacto direto sobre as longas filas de cirurgias nos hospitais do interior do Estado, mas para as prefeituras, a iniciativa só vai ter efeitos reais se o Governo Estadual cumprir as promessas do chamado pós-caravana. Como essa negociação é feita cidade por cidade, para os secretários municipais de saúde a preocupação é garantir respostas aos problemas antes: “ganha mais, quem negociar primeiro”.Em Paranaíba, onde a iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) acontece desde a última segunda-feira (29 de junho), existe uma fila, mesmo com os atendimentos da caravana, de 800 pacientes para cirurgias e atendimentos de ortopedia, otorrinolaringologia e cardiologia, que simplesmente não anda, porque não há profissionais suficientes para essa demanda.