Cerca de 2,5 mil funcionários de Centros de Educação Infantil (Ceinfs) da Capital ameaçam entrar em greve a partir de meia-noite desta quinta-feira (14) e 17 mil crianças ficarão sem creche. Os trabalhadores terceirizados alegam que Omep e Seleta - entidades terceirizadas pela prefeitura para contratação de pessoal – garantiram aumento salarial de 9%, enquanto a Secretaria Municipal de Educação (Semed) autorizou a redução da carga horária de 7h para 6h, no entanto, no momento de formalizar os acordos, prefeitura e entidades teriam recuado.A presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul (Senalba/MS), Maria Joana Pereira, explicou que 90% dos funcionários dos Ceinfs são terceirizados e ganham em torno de R$ 900, menos que os trabalhadores concursados.Maria Joana explicou que no acordo coletivo ficou definido que Omep e Seleta dariam reajuste de 9% no salário. O Sindicato então buscou a redução da carga horária com a prefeitura e o secretário de Educação Wilson do Prado autorizou a redução.“Quando o Senalba levou esse documento para a Seleta, os diretores disseram que só podiam aplicar as 6h se ouvissem a prefeitura. Depois, a Seleta me informou que a prefeitura autorizou as 6h, mas não o aumento de 9%”, disse.GREVEA paralisação prevista para amanhã foi aprovada em assembleia no último dia 6. Os trabalhadores devem se reunir nesta quinta, a partir da Praça do Rádio, onde distribuirão pirulitos simbolizando as crianças que ficarão sem atendimento nas creches.Os funcionários terceirizados que ameaçam cruzar os braços trabalham em 99 Ceinfs, que atendem aproximadamente 17 mil crianças. Os trabalhadores atuam ainda em 18 Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Cres).Segundo a sindicalista Maria Joana, as entidades recebem R$ 47 milhões por ano para contratação de pessoal.