O advogado e ex-vereador Robson Martins deve ser transferido para cela especial, depois de ter negado pedido de prisão domiciliar pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Ele foi preso, em 16 de abril, ao receber repasse de R$ 15 mil em esquema de extorsão ao ex-vereador Alceu Bueno e que desarticulou rede de exploração sexual de adolescentes, em Campo Grande.Na decisão do juiz auxiliar da 7ª Vara Criminal de Competência Especial, Marcelo Ivo de Oliveira, foi pontuada a necessidade de cumprimento de prisão cautelar em cela “condizente com a sua condição de advogado e separada de outros presos”, assim como a necessidade deste passar por avaliação médica e tratamento correspondente.A seccional sul-mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) já havia solicitado a prisão domiciliar do advogado ou sua transferência para sala de Estado Maior, hoje inexistente na Capital.Robson permanecia detido, desde sua prisão, em uma cela da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF). Sua defesa havia justificado, anteriormente, sua transferência em razão de problemas de saúde do ex-vereador como diabetes, depressão e pressão alta.O CASOFabiano Viana Otero, Luciano Pageu e ex-vereador da Capital Robson Martins foram indiciados pelos crimes de exploração sexual, induzir adolescentes a incorrer em ilícito penal e extorsão. Os dois últimos foram presos quando recebiam uma parcela da extorsão contra o ex-vereador Alceu Bueno, que aparece em vídeos – segundo as acusações – mantendo relações sexuais com duas adolescentes.O ex-vereador Alceu Bueno e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, que também teriam sido identificado em outro vídeo com adolescentes, foram indiciados por exploração sexual. Alceu renunciou, no dia 24 de abril,, ao cargo de presidente estadual do PSL e renunciou ao cargo de vereador no dia 28 de abril. O mesmo fez Sérgio Assis que, antes de ser expulso, desfiliou-se do PSB.Fabiano, apontado como mentor do caso de exploração sexual, foi preso no dia 26 de abril e a Justiça homologou acordo de delação premiada. O suspeito foi ouvido e o caso segue em sigilo.
Justiça nega prisão domiciliar a ex-vereador envolvido em escândalo sexual
Redação, Correio do Estado
13/05/2015 às 03:00 •