O problema recorrente na rotina de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) agora será investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE). A retenção de macas das ambulâncias por parte do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul motivou abertura de inquérito.A apuração iniciou a pedido do próprio Samu, conforme consta no Diário Oficial do MPE desta segunda-feira (13), mas que já está disponível no site do órgão.Além da retenção de macas, a superlotação do Pronto Atendimento Médico (PAM) também é alvo de apuração. Conforme as denúncias do Samu, a lotação ocorre, em grande parte, porque os Centros Regionais de Saúde (CRS) da região, Guanandy, Aero Rancho e Coophavila, não estariam realizando os atendimentos.O Portal Correio do Estado mostrou a situação de lotação do HR no mês de maio. Na época, sem leito para acomodar os pacientes, as equipes médicas internava e prestava atendimento aos doentes no corredor do hospital.O inquérito foi aberto pela promotora Daniela Cristina Guiotti, da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde.MACASA retenção de macas, não só pelo HR, mas também por outras unidades de saúde de Campo Grande, apesar de irregular, acaba se tornando comum. Principalmente quando os hospitais estão cheios e não têm mais onde colocar os pacientes.Quando as equipes de saúde retém as macas, os socorristas ficam “presos” no pátio do hospital, sem poder seguir para outras ocorrências porque um dos principais instrumentos de trabalho, a maca, está dentro de um hospital.Por várias vezes, a situação gera debate e até discussão entre as equipes médicas das ambulâncias, os centros de operação dos serviços e os hospitais. De um lado, os enfermeiros e médicos das unidades de saúde não têm onde colocar tantos pacientes e, de outro, os trabalhadores das ambulâncias ficam sem poder desempenhar as funções.Agora, caberá ao MPE encontrar uma solução e até punir os responsáveis.