A Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado, concluiu que houve um erro na troca de medicamentos que foram utilizados para fazer o tratamento de quimioterapia na Santa Casa. O remédio errado ocasionou a morte de quatro pessoas na Capital.A delegada Ana Claudia Medina, disse que cinco pessoas foram indiciadas. O médico, José Maria Ascenço vai responder pelo crime de homicídio doloso e lesão corporal. O farmacêutico, Rafael Castro Fernandes, trocou os medicamentos durante a manipulação. Ele usou o medicamento Metotrexato-MTX sendo que o correto era 5-Fluoruracil e vai responder pelo crime de homicídio culposo. O médico assistente Henrique Ascenço, vai responder por homicídio culposo, a farmacêutica Rita de Cássia Junqueira Goldinho Cunha, vai responder por falsidade ideológica, e a enfermeira Giovana Carvalho Penteado, por exercício irregular da profissão.A Presidente da Comissão da investigação de óbitos da Santa Casa, Priscila Alexandrina de Oliveira, disse que a equipe médica era contratada por uma empresa que prestava serviço ao hospital. O farmacêutico, Rafael estava trabalhando na Santa Casa há três semanas e não tinha experiência para fazer as manipulações dos medicamentos.Três vítimas morreram no mês de julho de 2014. Marta Insfran, 45 anos, morreu no dia 10, Norotilde de Araujo Grego, 72 anos, morreu no dia 11, após a reação do medicamento errado. Maria Gloria Guimarães, 61 anos, morreu no dia 12 e Margarida Isabel Guimarães, morreu em janeiro de 2015. Os familiares das mulheres que morreram foram até a Acadepol ( Academia de Polícia Civil) e participaram da coletiva. Maria Veronice, 66 anos, disse que a cunhada Maria Gloria, teve diversas hemorragias após o uso do medicamento errado. “ As vítimas ficaram no mesmo quarto e todas tiveram a mesma reação. E as famílias começaram a achar estranho o que ocorreu quando suspeitamos que algo estava errado”.