Professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) decidiram na manhã desta terça-feira (19), que a categoria entrará em greve na próxima segunda, dia 25, e 100 mil alunos ficarão sem aula. Conforme o presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, ressaltou que a principal exigência é o cumprimento do piso nacional, que hoje é de R$ 1.917,78 para jornada de 40 horas semanais.De acordo com o sindicalista, a única coisa que pode impedir a greve é se representantes da categoria foram chamados para fazer acordo com a prefeitura para o pagamento do piso. “Greve é um grito de socorro, não dá para ser enganado pelo poder público. O prazo até o início da greve é justamente parta comunicar o patrão”, justificou.Geraldo Gonçalves não soube estimar um balanço de quantas escolas estão paradas hoje, mas acredita que as 96 unidades da Reme tenham aderido a paralisação. Cerca de 100 mil alunos estão sem aula hoje.PRESSÃOHá 8 anos na Reme, a professora Célia Aparecida dos Santos, de 55 anos, atua hoje na Vila Jacy e reforçou que o clima na unidade escolar é de pressão por conta da questão do não cumprimento do piso salarial nacional. “A retaliação aos contratados, com indicativo de demissão e um verdadeiro terrorismo têm sido realizado por diretores e servidores da Semed (Secretaria Municipal de Educação)”, revelou.PROTESTOA Câmara Municipal recebe nesta terça-feira representantes de várias categorias profissionais que reivindicam aumento salarial, dentre eles, médicos, professores e enfermeiros. O plenário está lotado com aproximadamente 360 pessoas, enquanto do lado de fora, pelo menos 150 manifestantes esperam para acompanha a sessão.Parte da Avenida Ricardo Brandão, em frente a Casa de Leis, foi fechada pela fiscalização de Trânsito da Guarda Municipal.