A reitora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Profa. Dra. Liane Calarge, destacou em reunião nesta sexta-feira o apoio da reitoria à greve nacional das categorias de docentes, técnicos-administrativos em educação e alunos. A reunião aconteceu na Unidade 1 da UFGD, com representantes de professores, alunos e técnicos administrativos que fazem parte do Fórum Permanente sobre Pauta Local.A reitora Liane Calarge inclusive propôs ao Fórum a produção até 06 de julho de um documento de apoio à UFGD contra os cortes do Governo Federal para a Educação, que a princípio seriam de 10% de corte no custeio e 47% de corte no investimento. Dias 08 e 09 de julho, a reitora participará de uma reunião da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) que discutirá os cortes e também participará de um seminário sobre orçamento.Em 13 de julho, a reitoria estará em reunião com o secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, para tratar especificamente da UFGD e dos cortes na universidade. A partir daí poderá dar um posicionamento sobre o impacto dessa redução na UFGD. Por ora, uma das percepções é de que não haverá recursos para novas obras, já que 47% dos investimentos serão cortados e o restante seria utilizado para concluir as obras em andamento.SUSPENSÃO DO CALENDÁRIOJá sobre a suspensão do calendário acadêmico de graduação, tanto a reitora quanto o vice-reitor, Márcio Eduardo de Barros, se manifestaram favoráveis a essa ação, inclusive solicitaram um parecer jurídico da procuradoria sobre a suspensão.Se o parecer jurídico consultivo apontar que não existiriam problemas nesse sentido, a reitoria encaminharia a suspensão do calendário acadêmico de graduação para a pauta da reunião do CEPEC (Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura), porém, se o parecer afirmar que os alunos e servidores podem ser prejudicados, o objetivo da reitoria é de que isso seja amplamente discutido e divulgado antes que a pauta da suspensão vá ao CEPEC.No pior cenário, caso o Governo Federal decida pelo corte do ponto, a reitora Liane Calarge deixou claro que, por apoiar a greve e entender que é legítima, iria brigar em defesa do pagamento dos salários.Sobre o calendário acadêmico da pós-graduação, a reitora chamou a atenção para a necessidade da discussão desse tema na Câmara de Pós-Graduação, por causa da falta de flexibilidade de prazos das pesquisas e dos órgãos como a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e FUNDECT (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia), entidades de fomento à pesquisa. A intenção é de que o Fórum participe da próxima reunião da Câmara.