Com isso, a produção de açúcar e etanol ficou entre as atividades industriais que apresentaram números positivos na geração de empregos, com saldo de 814 postos de trabalho gerados. Portanto, foi setor que mais empregou no Estado de janeiro a junho desse ano.Nas cidades onde existem usinas instaladas, estima-se que, para cada posto criado, mais 3 empregos indiretos são gerados.Entre os municípios que mais empregaram no período de janeiro a junho de 2015, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), estão Angélica, Nova Andradina, Rio Brilhante, Maracaju, Costa Rica e Chapadão do Sul. Todas essas cidades possuem unidades de processamento de cana.Os números positivos oferecem algum alívio ao setor industrial do Estado, que vem acumulando números negativos na geração de empregos desde o começo do ano. De acordo com a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), no primeiro semestre deste ano o saldo entre contratações e demissões foi de 944 vagas encerradas, 84% menor que a média histórica do setor.O relatório, divulgado nesta segunda-feira (27), aponta ainda que, no acumulado dos últimos 6 meses, foram 5.018 postos de trabalho fechados nas indústrias do Estado.Diante dos números pessimistas no setor industrial do Estado, o presidente da Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de MS), Roberto Hollanda Filho, não descarta a possibilidade de que o segmento de açúcar e etanol passe por dificuldades.“O setor sucroenergético não é imune à crise. No entanto, ainda existem unidades no Estado que têm conseguido manter seus planos de expansão, dessa forma, conseguimos manter e até ampliar os empregos no setor, analisa Hollanda.O fato de estarmos em plena safra tem pouco impacto nesse resultado. Com a mecanização da colheita, o nosso setor praticamente eliminou o trabalho safrista, em que os empregados eram dispensados no final da safra, amplia.Também de acordo com a Biosul, ainda há expectativa de crescimento da safra 2015/2016 no Estado. O incremento, para a associação, vai girar em torno de 15% no processamento de cana, 22% na produção de açúcar, 18% de etanol e 27% na produção de bioeletricidade. (Com Campo Grande News).