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45 internos do presídio de Nova Andradina vão fazer as provas do Enem

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(Foto: Divulgação)
Provas serão aplicadas nos dias 13 e 14 de dezembro 45 internos do EPMRF/NA (Estabelecimento Penal Masculino do Regime Fechado) de Nova Andradina estão inscritos nas provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016 que serão aplicadas nos dias 13 e 14 de dezembro. Inicialmente, o exame estava marcado para 6 e 7 de dezembro. A mudança está em edital publicado na edição desta sexta-feira (4), do Diário Oficial da União.No total, 54.347 pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa estão inscritos. Nesta edição, o Enem será aplicado em 1.290 unidades prisionais. De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a data do Enem para privados de liberdade foi adiada por motivo de logística.Com a ocupação de escolas por estudantes, este ano os candidatos farão as provas do Enem em três datas diferentes. A maioria fará o exame amanhã (5) e domingo (6). O Enem foi adiado para os dias 3 e 4 de dezembro para aqueles que iriam às provas em locais ocupados. O último balanço divulgado pelo Ministério da Educação indica que cerca de 190 mil candidatos farão as provas nessa data. Em seguida, será a vez dos privados de liberdade.A nota do Enem pode ser usada pelas pessoas privadas de liberdade para participar de seleção para vagas no ensino superior e certificação do ensino médio, para aqueles com mais de 18 anos.OcupaçõesAs ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio de ocupações de escolas, universidades, institutos federais e outros locais. Não há um balanço nacional oficial. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até ontem (3), 167 campi universitários e mais de 1 mil escolas e institutos federais estavam ocupados.Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino. O governo defende a medida como um ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação e saúde não serão prejudicadas.Os estudantes também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada pelo Executivo ao Congresso. Para o governo, a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente e não implementada por MP. *Jornal da Nova, com informações do MEC e Agência Brasil(Jornal da Nova)