O SIEMS (Sindicado dos Trabalhadores na área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) divulgou uma nota à imprensa na qual aponta a possível paralisação das atividades desempenhadas pela equipe de enfermagem do HR (Hospital Regional) Francisco Dantas Maniçoba, da cidade de Nova Andradina. Uma assembleia geral extraordinária marcada para a manhã de terça-feira (15) deve votar o indicativo de greve por falta de pagamento dos salários referentes ao mês de novembro de 2015. A declaração do SIEMS afirma que desde o início de 2015 os profissionais da FUNSAU-NA (Fundação de Serviços de Saúde de Nova Andradina) passaram a receber os salários com atraso. O SIEMS aponta que os recorrentes atrasos dos repasses do Governo Estadual ao Hospital Regional têm sido um dos fatores principais que culminaram no impasse.O Hospital Regional de Nova Andradina atende cerca de 200 pessoas diariamente e seu raio de atendimento inclui os municípios de Nova Andradina, Batayporã, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Taquarussu e Distrito de Nova Casa Verde. Atualmente o HR conta com uma equipe de enfermagem composta por aproximadamente 88 profissionais que se revezam por meio de plantões. Compõe a equipe 18 enfermeiros, 68 técnicos e duas enfermeiras auxiliares.De acordo com o presidente do SIEMS, Lázaro Santana, no quinto dia útil do mês de dezembro, data prevista para o pagamento dos salários, ele entrou em contato com a direção da unidade, que informou que aguardava recursos para cobrir a folha de pagamento. No dia 08, a Fundação de Saúde informou o SIEMS que o depósito dos salários seria realizado no dia 11, devido o atraso dos repasses. Chegada a data estabelecida pela direção da FUNSAU-NA, a equipe de enfermagem do HR continuou sem receber os salários. Lázaro Santana disse que o Hospital declarou que não efetuou o pagamento por que os repasses relativos aos serviços prestados não foram pagos ao HR.Nas palavras de Lárazo, o valor que o Estado deve repassar ao Hospital Regional por serviços já prestados ultrapassa o valor de R$ 300 mil. “Os trabalhadores estão indignados com a situação e muitos já passam dificuldades financeiras. Não é justo que sejam tratados com tamanho descaso pelos órgãos públicos. Diante da situação e após percorridas as tentativas de diálogo, não resta outra alternativa a categoria se não a paralisação”, afirma o presidente.