Na tarde desta segunda-feira (01), uma mulher identificada como R.A.B., de 32 anos, acusada de matar o ex-marido, com quatro disparos de arma de fogo, no início da noite da última quinta-feira (28), se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina, acompanhada de seu advogado. Segundo o delegado titular Jeferson Rosa, a mulher teria confessado o crime e apresentado a arma usada para matar Edivaldo Pereira da Silva, de 26 anos. Segundo o depoimento da mulher, há cerca de dois meses, o casal colocou fim no relacionamento, que já durava oito anos. Nas palavras da acusada, desde então, as discussões passaram a ser constantes entre os dois. Isso porque havia muitas dívidas que foram se acumulando ao longo desse tempo e também em relação aos diretos de propriedades e bens adquiridos durante a união.O principal motivo do homicídio se originou em uma discussão sobre um aparelho de som no valor de R$ 4 mil adquirido recentemente por Edivaldo. Segundo a mulher, na quinta-feira (28), ao tomar conhecimento de que ela havia vendido esse aparelho a um terceiro pelo mesmo valor de compra, Edivaldo teria ficado nervoso e então começaram as agressões.De acordo com ela, a arma, que estava dentro do bolso de um moletom usado por Edivaldo, veio a cair durante a briga do casal, momento em que ela teria se apoderado do revólver e efetuado vários disparos contra a vítima. Questionada sobre quantos tiros foram dados, R.A.B. não soube precisar, mas juntamente com a arma, foram apresentadas sete capsulas deflagradas.A Polícia Civil agora vai examinar as roupas usadas por Edivaldo no dia do crime. Isso vai revelar a que distância os tiros que mataram o pedreiro foram disparados. A mulher ainda contou que, após o homicídio, ela teria empreendido fuga para a cidade de Ivinhema e, posteriormente, para a Dourados, de onde entrou em contato com o advogado daquela cidade, que apresentou a acusada na Delegacia de Polícia de Nova Andradina.Ainda segundo o delegado, ela responderá pelo crime em liberdade por não ter nenhuma outra passagem pela polícia. Conforme a investigação, consta que, recentemente a mulher havia feito o registro de um boletim de ocorrência contra Edivaldo por perturbação de sossego. O policial explicou aoNova News que as investigações devem continuar e que novos fatos ainda podem surgir, porém a confissão feita por R.A.B. e sua colaboração com as investigações dará mais agilidade ao processo. Enquanto a ex-mulher de Edivaldo prestava depoimento, os pais da vítima se encontraram com os familiares da acusada, que choravam. Por parte da família da mulher, houve até pedido de desculpas ao casal, que mostrou tranquilidade ao dizer que os familiares da acusada não tinham culpa pela morte de Edivaldo Pereira da Silva.
