Agência do Banco do Brasil do Parque Laucídio Coelho que foi atacada em agosto; bandidos agiram de forma semelhante a usada nos atentados contra agências no Paraná e São Paulo Operação da Polícia Federal contra quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos em agências bancárias cumpre mandados em Nova Andradina.Batizada de Miguelito, a força-tarefa cumpre no total 35 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 2 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão em Londrina, Cambé, Arapongas e Curitiba, no estado do Paraná, Sandovalina e Euclides da Cunha Paulista, em São Paulo, e na cidade que fica a 300 km de Campo Grande, no Estado.Conforme a PF, investigações nos últimos 18 meses detectaram pelo menos dois grupos responsáveis por ataques a bancos em Marialva, Mandaguaçu, Terra Rica (duas vezes), Porecatu, Itambé e Barbosa Ferraz, no Paraná, e Iepê, Pedrinhas Paulista e Cruzália, em São Paulo. São no total 20 agências bancárias atingidas nos dois Estados.A operação é coordenada pela superintendência de Curitiba, que não detalhou quais mandados estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul e nem o motivo de alvos estarem em Nova Andradina.Ataques – Ainda segundo a PF, nas ações criminosas, as quadrilhas explodiam os caixas eletrônicos durante o dia, diferente de outros grupos que escolhem a madrugada para agir.Também utilizavam armas de grosso calibre – fuzis, por exemplo – e faziam vários disparos para espalhar o clima de terror nas cidades com poucos habitantes.Os criminosos também atiravam contra a polícia quando as equipes se aproximavam do local da ocorrência. Em alguns dos roubos houve reféns usados escudos humanos durante os confrontos ou durante as fugas.Em um desses confrontos com a polícia, em abril deste ano, seis integrantes de um dos grupos criminosos foram mortos em Alvorada do Sul (PR). Os bandidos fugiram pelo Rio Paranapanema, foram interceptados por policiais federais e reagiram à abordagem, ainda segundo a PF de Curitiba.Com o grupo foram apreendidos fuzis, pistolas, coletes balísticos, explosivos e o montante roubado das agências atacadas.Os integrantes dos bandos responderão pelos crimes de organização criminosa, roubo agravado, latrocínio (roubo seguido de morte) em sua forma tentada, porte de arma de fogo de calibre restrito e exposição a perigo mediante explosão. Se condenados poderão ter penas que podem passar dos 30 anos de prisão.Operação – O nome Miguelito é referência aos instrumentos compostos de pregos retorcidos e espalhados pelas quadrilhas nas ruas e avenidas usadas como rota de fuga após os ataques para dificultar perseguições policiais.