Publicado em 12/06/2015 às 03:00,

Prefeitura estuda corte de R$ 10 milhões para garantir reajuste de professores

Redação, Nova News
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(Foto: Divulgação)
A Prefeitura de Campo Grande precisa cortar R$ 10 milhões em despesas para conceder o reajuste salarial reivindicado pelos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), de 13,01%, e até a próxima semana deve definir como fará isso, inclusive com a possibilidade de demissões. As informações foram dadas no fim da manhã desta sexta-feira (12) pelo secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, a manifestantes agrupados em frente do Paço Municipal.Nesta manhã, a categoria foi até a Prefeitura protestar e pedir pela concessão do reajuste. A categoria está em greve desde o dia 25 de maio e pede a chamada integralização do piso local ao nacional, o que na prática é a concessão de 13,01% de aumento.Enquanto isso, dentro do Paço, dirigentes do ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) e o chefe da Semad mantinham reuniões discutindo a possibilidade do fim da greve. Depois de irem falar com o prefeito, Gilmar Olarte (PP), Prado e o líder do Executivo na Câmara Municipal, Edil Albuquerque (PMDB), foram até os manifestantes avisar que, para chegar nos 13,01%, a Prefeitura precisa fazer mais contas e ver onde vai cortar gastos.“Não vamos apresentar nenhuma proposta enquanto não fizermos o dever de casa, um estudo para ver o que pode ser cortado para termos condições de pagar os 13,01%”, disse Prado. Uma nova reunião entre ACP e Prefeitura ficou marcada para terça-feira (16).“Estamos fazendo um estudo para preservar os serviços e fazer as economias para poder dar o reajuste. Quando falo dever de casa é nesse sentido, vai ser feito em todas as secretarias, em todos os custeios, inclusive de pessoal, se precisar”, comentou o secretário. Prado explica que, por conta dos limites impostos pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), a Prefeitura não tem como atender os professores, a não ser que reduza despesas.A última proposta feita pela prefeitura, de parcelar até o fim do ano 8,5% de aumento, foi rejeitada pela categoria, que tem nova assembleia marcada para a tarde desta sexta. Cerca de 70 mil alunos de escolas e creches municipais estão sem aula.