José Moreira Freires durante o seu júri, nesta tarde de quarta-feira Um dos acusados pelo assassinato do delegado aposentado Paulo Magalhães de Araújo, o guarda municipal José Moreira Freires foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. No entanto, como está amparado por habeas corpus, o juiz responsável pelo caso determinou que ele poderá recorrer em liberdade, com uso tornozeleira eletrônica. O crime foi em 2013 e o julgamento foi realizado nesta quarta-feira (15), cinco anos depois, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.Delegado aposentado e advogado criminalista, Paulo Magalhães de Araújo foi executado a tiros de pistola calibre 9mm no dia 25 de junho de 2013. Vítima estava dentro do carro, um Land Rover, aguardando a filha sair da escola, na rua Alagoas, quando José Moreira Freires, que estava na garupa de uma motocicleta, passou pelo local e disparou várias vezes contra o delegado.Antônio Benites Cristaldo escoltava o atirador e o piloto da motocicleta, Rafael Leonardo dos Santos, em um Fiat Palio para garantir o sucesso na execução. Rafael foi encontrado morto meses depois, no lixão da Capital.Suspeita é que o crime foi encomendado, mas não foi esclarecido quem seria o mandante. Segundo informações, o planejamento e execução do crime teriam envolvido cifras altíssimas, até mesmo pelo fato de a vítima ser um delegado aposentado e dadas às denúncias contra diversas pessoas, desde políticos até integrantes do Judiciário. Magalhães também fazia denúncias pelo seu site Brasil Verdade.Julgamento chegou a ser marcado para o dia 4 de fevereiro de 2015, mas foi suspenso por conta de recurso da defesa, que pedia a anulação da sentença de pronúncia, proferida no dia 30 de outubro de 2014. Recurso foi negado pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 18 de abril deste ano.Pelo fato de estar amparado por habeas corpus, acusado aguardou julgamento em liberdade. Freires foi condenado por homicídio qualificado por recurso que dificulte a defesa da vítima e mediante promessa de recompensa ou outro motivo torpe. Cristaldo ainda será julgado e responderá pelo mesmo crime e também por usar de violência ou grave ameaça contra autoridade ou qualquer outra pessoa que é chamada a intervir em processo judicial, pois teria ameaçado três testemunhas. (Com Correio do Estado)