Publicado em 13/07/2016 às 03:00,

Antes de ser morto, major desistiu de viagem que reconciliaria casamento

Redação, Correio do Estado
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(Foto: Divulgação)
Morto ontem a tarde pela esposa tenente-coronel da Polícia Militar, Itamara Romeira Nogueira, de 40 anos, o major Valdeni Lopes Nogueira, de 48 anos, teria desistido de uma viagem de férias do casal marcada para hoje. A desistência do passeio, que seria uma tentativa de reconciliação do casamento, foi o que motivou, segundo a defesa da tenente-coronel, toda a briga que terminou na morte de Valdeni.Itamara foi presa em flagrante logo depois do crime e está internada no Hospital Militar, ela chegou a receber alta na manhã de hoje, foi levada para a 7ª delegacia de polícia, mas passou mal e teve que ser novamente levada ao hospital, onde permanece sedada sob cuidados de médicos psiquiatras.O advogado da tenente, Roberto Rosa, conta que Itamara cometeu o homicídio decorrente de uma série de violências domésticas que sofria, inclusive, antes de atirar no marido, ela teria levado um soco no rosto.“Eles estavam tentando reconciliar e ao que tudo indica ela já tinha sofrido outras agressões. Eles estavam com viagem agendada para hoje cedo, eles iriam passar as férias em Maceió, mas o marido desistiu e eles começaram a brigar”, conta o advogado.Durante a discussão, segundo relatos de Itamara ao defensor, o major a ameaçou de morte e quando saía da casa para buscar a arma, que estava no carro, foi morto com um tiro disparado pela tenente, que acertou a barriga do marido.Conforme Rosa, a tese da defesa será de que a esposa agiu para defender a própria vida. A reportagem não localizou parentes do major para comentar sobre as acusações da mulher. O corpo de Valdeni está sendo velado nesta manhã. A filha do casal, de 13 anos, está sob cuidados de parentes. A MORTEO crime aconteceu na tarde de ontem, na residência do casal, na Avenida Brasil Central, bairro Santo Antônio. Testemunhas relataram que ouviram uma discussão e dois disparos. O Corpo de Bombeiros encaminhou a vítima até o hospital.O delegado da 7ª Delegacia de Polícia Civil, Cláudio Zotto, disse que a mulher estava com hematomas referentes às agressões e se entregou após uma hora de negociação. Ela deixou a residência em um carro preto descaracterizado e o local para onde seria levada não foi informado.Zotto disse que mais detalhes não poderiam ser repassados. A Polícia Militar não quis dar declarações à imprensa. Circunstâncias do crime serão investigadas.