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Arrependido, morador da cracolândia de SP procura filhos na Capital e causa confusão

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(Foto: Divulgação)
O ex-presidiário, dependente químico e morador da cracolândia de São Paulo, Rosevaldo Cury de Oliveira, de 41 anos, depois de levar uma vida conturbada, arrependeu-se de ter abandonado seus dois filhos e agora quer reencontrá-los em Campo Grande.Com a “boa intenção”de ajudar o pai a encontrar os filhos, o gerente comercial Bruno Luis Leibholz membro da ONG “Dado Sopa”, encontrou Rosevaldo perambulando pelas ruas do Bairro Ipiranga em São Paulo e acabou causando desinformações e desencontros.Rosevaldo, ao dizer que seria pai de Emily Victória Cury de Oliveira e de Guilherme Cury de Oliveira, complicou mais ainda a sua conturbada história. Guilherme, que é advogado em Campo Grande, disse à reportagem que Rosevaldo não seria seu pai pelo simples fatos de ter 32 anos de idade, dez a menos que o suposto pai. A reportagem não conseguiu localizar Emily.Acontece que Rosevaldo e sua ex-mulher Taiane Oliveira Santos perderam a guarda dos filhos por não terem condições, financeiras, morais e psicológicas para cuidar das duas supostas crianças. Em 2013 a Justiça de São Paulo colocou as crianças em um abrigo já que os pais eram usuários de drogas, não tinha residência fixa e muito menos trabalho.A história que Rosevaldo contou para o pessoal da ONG “Dando Sopa” é um pouco desencontrada e dificulta ainda mais a localização da sua ex-mulher e dos dois filhos que hoje seriam adolescentes.Rosevaldo já teve seu momento de fama. Ele é um dos personagens do documentário Projeto Memórias de Heliópolis produzido em 2011 e que retrata o cotidiano e a vida simples dos moradores da favela que leva o nome do filme.JustiçaNa decisão proferida pelo juiz Edson Chuji Kinashi, do Juízo da Infância e Juventude do Foro Regional do Bairro Ipiranga em São Paulo, em três de dezembro de 2008, ele esclarece que “a criança foi apresentada inicialmente ao abrigo Bakita e posteriormente passou a viver no Lar de Elisinha, localizado no Ipiranga, com enfermidades, tais como, rotavirus, sinusite, etc, o que nos leva a crer que recebia maus tratos por parte de seus pais e passou a apresentar uma saúde fragilizada”.Na sentença o magistrado afirma que “já sob os cuidados do lar, o menor foi entregue aos requerentes. Na época em que o menor esteve no abrigo, os pais foram intimados para comparecer e depois de muito tempo somente a mãe compareceu, onde recebeu permissão para visitar o filho no abrigo, mas nunca compareceu”.Conforme a decisão judicial a mãe da criança tinha outro filho menor que também não se encontrava sob seus cuidados e estava grávida de outra criança, sendo que há relatos de que ela era dependente do uso de drogas. Conforme dados da ação o pai Rosevaldo, além de nunca ter comparecido, encontrava-se preso no CDP de Vila Prudente, respondendo por roubo.Com isso o juiz, em 2008 tomou a decisão já que Rosevaldo e Taiane não tinham condições de criar e educar a criança. “Além disso, nunca demonstraram qualquer interesse pela criança, revelando uma atitude totalmente negligente em relação ao infante, motivo pelo qual a destituição do poder familiar é medida que se impõe”, finalizou o juiz.Que ressaltou na época “que os avós da criança também não querem a guarda da criança, pois não querem assumir tal responsabilidade: O juiz afirmou na sentença de 2008 que os pais nunca apareceram reivindicando qualquer direito, pois o menor já estava disponível para adoção e residia em abrigo da cidade de São Paulo há aproximadamente um ano com fundamento na Lei 8.069/90