Francisco (Patobi Valdeir e Matheus Nesta terça-feira (23), houve a operação “Xeque-mate” que desvendou vários furtos, tráfico de drogas, apreendeu armas de pressão, recuperou motor de popa, motor de betoneira, serras makita, furadeiras e instrumentos de trabalho como máquinas de lavar calçadas. Operação foi desencadeada pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia de Polícia Civil de Batayporã.Entre o mês de julho até a metade desse mês, na cidade de Batayporã, estavam ocorrendo muitos furtos qualificados, no mesmo modus operandi, arrombamentos, levam objetos de valor considerável e a polícia não estava encontrando os autores dos crimes.“Estamos investigando desde o início esses crimes porque tem uma peça chave, pois os furtos estariam relacionados com uma pessoa maior no mundo do crime na cidade”, explica Dr. Rafael Carvalho, Delegado Titular da Delegacia de Batayporã.Dr. Rafael Carvalho, Delegado Titular da Delegacia de Batayporã Após intensas investigações, o Delegado montou a operação para dar um fim no cabeça da cidade, quem estaria mandando e gerando a onda de furtos. “Conseguimos chegar ao autor, que até onde a polícia apurou, está envolvido em sete boletins de ocorrências de furto qualificado mediante arrombamento” frisa.A partir do momento que a Polícia Civil chegou a esta pessoa, foi chamada na Delegacia e mediante confrontação das informações que a equipe de investigação tinha, foi interrogando até quando não tinha mais como escapar da verdade, confessou todos os crimes que cometeu e o local onde estavam todos os objetos, tendo estendida a operação até a cidade de Nova Andradina, onde havia um receptador por lá.“A partir da informação deste um, desvendamos sete boletins de ocorrência, recuperamos mais de 15 bens envolvidos nestas ocorrências e chegamos até o receptador de Batayporã, que foi preso em flagrante. A partir deste receptador, deu um novo receptador de Nova Andradina. Ele nos confidenciou, chamamos, intimamos e ouvimos”, diz Carvalho.Ao longo das diligências, os investigadores chegaram aonde poderia estar o motor de popa, que foi furtado no último final de semana em Batayporã. “Na residência em que esperávamos encontrar, estava lá e nesta casa havia drogas – quase 1 kg de maconha, 100 gramas de cocaína, pedras de crack, dinheiro e munições – Matheus Silva Costa de 18 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas e receptação. Ele levantou o local e articulou para que Patobi furtasse os motores de popa e betoneira”, pontua o Delegado.Objetos recuperados pela Polícia Civil Segundo informações da Polícia Civil, desses suspeitos já identificados e presos, não ocorre uma ação do tráfico de drogas sem o aval dessas duas pessoas que estão sendo procuradas. No mundo do crime são tidos como “chefes” na cidade e até um poder paralelo. Tem até um caso de uma vítima que teve seus instrumentos em uma construção furtados e essa vítima procurou a Delegacia, fez boletim de ocorrência e depois foi até o rapaz que “manda” no crime para reaver suas ferramentas furtadas, encontrou suas ferramentas na posse deste meliante e ainda teve que pagar para ter de volta suas ferramentas.“Há um estado paralelo em Batayporã, na pessoa desse sujeito que está foragido da polícia até o momento”, comenta Dr. Rafael.“Os pertences são trocados por drogas. Ele encomenda para fazer dinheiro ou os próprios usuários furtam para trocar por droga com essa pessoa ou outros indivíduos que trabalham para este chefão. Fomos direto no cabeça, por isso, o nome da operação, para acalmar a criminalidade na cidade”, finaliza.  Além de Matheus, foi preso Valdeir de Souza Lopes de 23 anos, na Vila Maria Gonçalves, em flagrante por receptação – com ele a polícia encontrou um motor de betoneira, espingarda e máquina de lavar calçadas.O encarregado pelos furtos, apurados pela polícia, sete no total, foi Francisco Alves de Oliveira de 44 anos, vulgo Patobi, que praticou o crime a mando do chefão do PCC na cidade de Batayporã, que já é considerado foragido da polícia.Dois suspeitos articuladores do PCC estão foragidos da polícia, não serão divulgados por enquanto para não atrapalhar as investigações.