A Depca (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente) encerrou, nesta quinta-feira (25), o inquérito policial que investigava a agressão, com uso de um compressor de ar, de Tiago Demarco Sena, de 20 anos, e Willian Larrea, de 31 anos, contra o adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, que morreu no dia 14 de fevereiro, 11 dias após o ataque. O caso segue ao Poder Judiciário, mas a dupla permanece em liberdade por falta de novos elementos. A princípio, a agressão era investigada como lesão corporal dolosa, fato que gerou manifestações de amigos e familiares, que pediam outra linha de investigação e mudança de indiciamento para tentativa de homicídio.O quadro piorou e o adolescente morreu no dia 14 de fevereiro. Desde então, o indiciamento dependia de resultados de laudos, que foram solicitados para esclarecimento de pontos que geraram dúvidas. Afinal, teria ocorrido penetração da mangueira do aparelho ou não?De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, a necrópsia do corpo não apresentou lesões no ânus, porém, o procedimento só aconteceu 14 dias após agressão.COMPROVAÇÃO E INDICIAMENTOA mudança no indiciamento só foi possível, nesta semana, quando o último parecer médico solicitado pela Depca comprovou introdução da mangueira do compressor de ar no adolescente. Thiago e Willian, responsáveis pelo crime, foram indiciados por homicídio doloso, nesta quinta-feira (25). A dupla foi à delegacia acompanhada pela defesa, que tentará reverter o dolo para culposo.Apesar da morte, comprovação do crime e comoção pública, a falta de novos elementos impede um novo pedido de prisão preventiva, segundo o delegado.NEGADO PEDIDO DE PRISÃOA Justiça negou no último dia 17 de janeiro, o primeiro pedido de prisão de Tiago e Willian. De acordo com o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri da Capital, a autoridade policial não trouxe “fundamentação quanto à concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos”, sendo assim, negou o pedido.Ainda segundo Garcete, como o TJ-MS é quem verificará se o fato é homicídio com dolo eventual ou lesão corporal de natureza grave e, para que esta questão não prejudique o pedido, o pedido de prisão foi apreciado e negado, ainda que momentaneamente, até o pronunciamento em definitivo do Tribunal. O juiz responsável pelo caso também será decidido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Com fim de inquérito, indiciados por morte de Wesner ficam em liberdade
Redação, Mídia Max
26/05/2017 às 03:00 •