Um homem, que teve a identidade preservada, é investigado pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) por exploração sexual infantil contra meninos e meninas, de 11 e 12 anos, em um residencial de Campo Grande. Uma das vítimas, atualmente com 12 anos, revelou em áudio que sofre abusos há um ano.Na semana passada vizinhos desconfiaram do momento em que o suspeito entregou dinheiro para um garoto e decidiram perguntar o motivo. No áudio, gravado pelos moradores, a criança revela que o suspeito abusa das vítimas em troca de dinheiro. O menino afirma que diversas crianças moradoras do residencial frequentam a casa do homem e que também recebem dinheiro e são abusadas.Na gravação, o garoto divulga o nome de outras vítimas e a reportagem conversou com a mãe de uma delas, outro menino de 12 anos. À reportagem, a mulher relatou que fez a primeira denúncia ao disque 100 na última segunda-feira (9) e foi orientada a procurar a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para registrar o ocorrido.A reportagem tentou contato com delegados da Depca e com a Polícia Militar da região, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.Após o registro, o menino foi encaminhado para a realização de um exame de corpo de delito para a constatação do crime de abuso sexual. O resultado do exame saiu nesta segunda-feira (16) e confirmou, que a vítima foi estuprada. Nesta quarta-feira (18), o menino passou por exames que podem comprovar a existência de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).Ainda na segunda-feira, mãe e filho retornaram à Depac e foram informados por investigadores, que a Depca continuaria a investigação do caso. Na unidade especializada em proteção à criança, o menino foi ouvido por psicólogas, por cerca de três horas.Segundo a mãe da vítima, nesta terça-feira (17), o suspeito foi até sua casa e, em legítima defesa, precisou agredir o homem. A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito não foi levado.MedoDepois da visita do suspeito, a mulher conta que outras pessoas foram até sua casa para fazer ameaças. Por medo, mãe e filho decidiram fugir do residencial e clamam por Justiça. “Estou escondida, por medo, meu filho não está indo a escola. Quero Justiça, pois muitas mães ainda nem sabem”, disse.