A menina foi enterrada pela mãe A defesa de Emileide Magalhães, de 30 anos, que matou a filha Gabrielly Magalhães de Souza, de 10 anos, estrangulada e a enterrou viva de cabeça para baixo pediu em recurso que ela seja absolvida pelos crimes de ocultação de cadáver, por enterrar a filha e ainda por falsa comunicação de crime.De acordo com a peça a defensoria pública pediu para que seja retirada a qualificadora de motivo torpe para o assassinato da menina, assim como, foi feito o pedido de absolvição ou impronúncia do crime de ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime. Ainda não foi apreciado pelo magistrado os pedidos feitos no dia 24 de abril deste ano.Com isso, ainda não se tem a data marcada para acontecer o julgamento de Emileide. Havia sido determinado o júri popular dela no início de abril, quando a defesa entrou com recurso. O juiz Rogério Ursi Ventura deu a sentença de pronuncia no último dia 6 de abril e Emileide será julgada por homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, corrupção de menor, além da agravante de promoção e organização dos crimes.A mulher foi presa no dia 22 de março de 2020. O irmão da vítima, de 13 anos, foi quem confirmou o fato para a polícia e ainda contou que ajudou a mãe a cometer crime. Na época, o menino revelou que o padrasto estuprava a irmã dele e por isso a mãe teria matado a menina.Estupro e homicídioEm 21 de março de 2020, o crime foi descoberto pela Polícia Civil do município após a criança ser encontrada enterrada. Foi apurado que a própria mãe, Emileide Magalhães, de 30 anos, foi quem matou a filha a estrangulando e enterrando viva, causando a asfixia da criança.Ainda nas investigações policiais, foi apurado que em 2019 a vítima chegou a contar para uma colega de sala que estava sendo estuprada pelo padrasto. A colega teria orientado a menina a contar para a professora, mas como a vítima já tinha sido ameaçada pela mãe por conta dos abusos, preferiu manter o silêncio.A princípio, a mãe da vítima teria cometido o crime por ciúmes do marido, que estuprava a criança. O irmão, três anos mais velho, testemunhou o crime e foi obrigado a ajudar a mãe. Ele também acabou internado na Unei (Unidade Educacional de Internação), mas foi liberado dias depois.