A vinda do deputado federal Jair Bolsonaro (PCS-RJ), que estava prevista para este mês de maio, em Campo Grande, não ocorrerá mais.Segundo sua assessoria de imprensa, em Brasília, as agendas do parlamentar estão todas suspensas no próximo mês, em função do processo de impeachment.O deputado estadual Coronel Davi (PSC-MS), havia dito que Bolsonaro viria para a Capital no mês de maio para o lançamento de sua pré-candidatura a prefeito de Campo Grande e que estava acertando a data exata. “Já sabíamos desta dificuldade, mas de qualquer forma iremos para Basília na semana que vem e conversar com o deputado. A ideia é que ele venha à Campo Grande para um grande evento do partido e lançamento de candidaturas”, disse o deputado de MS.“Estão todas suspensas as agendas que deputado Bolsonaro para o mês de maio, por causa do processo de impeachment. A situação do país está bem complicada e a Câmara Federal pode ser chamada a qualquer momento e os seus deputados devem estar a disposição”, informou a assessoria do parlamentar federal, à reportagem. Ainda de acordo com a assessoria, a única viagem fora de Brasília que o deputado fará é para Israel. “De 5 a 15 de maio, o deputado Jair Bolsonaro irá para Israel com o intuito de conhecer novas tecnologias, como no caso de pessoas que tem plantações em área de deserto e ele quer saber como isso funciona, entre outras inovações. Esta será a única viajem do deputado fora do país no próximo mês. As que estavam marcadas pelo Brasil em maio foram canceladas”.PolêmicaNesta semana, ocorreu uma polêmica em torno do deputado Bolsonaro na Capital. Isso por que o vereador Roberto Durães (PSC) propôs que o parlamentar, ao vir na cidade, como era previsto, recebesse o título de visitante ilustre de Campo Grande e segundo ele, recentemente, disse já obter a quantia de assinaturas necessárias para o ato.O fato gerou grande divergência entre os demais vereadores e divide opiniões. Bolsonaro é conhecido por suas falas polêmicas e na votação do impeachment na Câmara Federal, foi um dos parlamentares mais comentados no dia seguinte. Na ocasião, ele homenageou o Coronel Ustra, a quem se atribui atos de tortura durante a ditadura militar.Segundo Durães, a homenagem é uma retribuição de gentilezas, já que ele foi bem recebido pelo congressista em visita a Brasília. “Isso é o meu partido que teve interesse de fazer isso. Não tem uma especificidade por ser o Bolsonaro, mas porque é um membro do meu partido. Quando eu fui lá ele me recebeu com todo o carinho. Só quero retribuir a atenção”.