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Detentos brigam na Máxima e sindicato expõe condições precárias de trabalho

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(Foto: Divulgação)
Três detentos do presídio de segurança máxima de Campo Grande ficaram feridos depois de confronto ontem durante banho de sol no pavilhão 2, por volta de 12h30min. Os autores seriam de grupos rivais e o motivo da confusão seria um desentendido, porém, não há testemunhas das agressões.Segundo o boletim de ocorrência, o agente penitenciário que trabalhava no estabelecimento penal contou que um grupo de internos chegou até a ala de saúde e apresentou três vítimas inconscientes. Roberto Ricardo de Freitas Junior, de 44 anos, Alexsandre Anselmo da Silveira, também de 44 e Felipe da Silva Serpa, de 27, foram levados em carrinhos de transporte de marmitas. A enfermeira responsável pela enfermaria acionou os demais agentes de plantão e realizaram os primeiros socorros.Após o ato, os detentos foram resgatados e removidos pelo SAMU e pelo Corpo de Bombeiros até Santa Casa de Campo Grande, onde permanecem hospitalizados. De acordo com o registro, as vítimas apresentavam diversas lesões no rosto, no tronco e nos membros. Alexsandre, conforme parecer médico, apresentava fratura nos braços e pernas.O agente penitenciário informou ainda que as vítimas estão sob escolta policial e até o momento nenhum autor das agressões foi identificado.Conforme o presidente do sindicato dos agentes penitenciários, André Santiago, o sindicato já apresentou denúncias desde o ano passado sobre o sistema caótico, mas até agora não teve retorno do governo do Estado e o mesmo não tem apresentado as demandas necessárias para resolver os problemas. “Estamos trabalhando de forma precária. Pedimos aumento no número de servidores, melhorias nas condições de trabalho como scanners corpóreos em presídios, áreas de segurança em volta das penitenciárias, núcleo de intervenção mais rápidas, para assim termos mais segurança para trabalhar”, explicou.Santiago garante que a forma de trabalho atual é desproporcional. “O Estado está sendo omisso. Isso cabe até denuncia em órgãos internacionais e os direitos humanos (do detento e agente) não estão sendo respeitados. O sindicato tem feito de tudo para manter o diálogo e aguarda respostas o mais breve possível”, completou.