Dois presos da Penitenciária de Presidente Bernardes (SP) foram flagrados pelo raio-x da unidade após engolirem pelo menos sete microcelulares, carregadores de celular, fones de ouvido e uma substância que aparenta ser maconha.Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), os detentos despertaram suspeitas em agentes por seu comportamento e acabaram encaminhados ao hospital da prisão, onde o exame por imagem constatou os objetos em seus estômagos.Ambos foram removidos para o Hospital Regional de Presidente Prudente, a 25 quilômetros de Presidente Bernardes, onde deveriam passar por cirurgia para a retirada dos aparelhos.Os médicos, no entanto, entenderam que não era caso de operação e prescreveram laxantes aos dois, que acabaram voltando ao presídio e estão isolados dos demais presos.Até agora, segundo a SAP, um dos detentos eliminou três microcelulares, quatro fones de ouvido e três pedaços de fio. O outro expeliu quatro aparelhos microcelulares, um fone de ouvido e 17 gramas de uma sustância que aparenta ser maconha.Ambos responderão a processo administrativo disciplinar. Cúpula do PCC no mesmo presídioÉ no presídio de Presidente Bernardes que estão encarcerados, desde dezembro, 13 integrantes da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção.As lideranças do PCC estão submetidas ao regime disciplinar diferenciar (RDD), considerada a punição mais rígida do sistema penitenciário paulista, em que os detentos ficam isolados em celas individuais 22 horas por dia, com direito a apenas duas horas de banho de sol e duas visitas por semana, também de duas horas.