Boate onde proprietário foi preso por tráfico internacional de pessoas A Polícia Civil de Brasilândia prendeu em flagrante delito o dono de uma boate na cidade, Antônio Carlos Pereira Costa, acusado de tráfico internacional de pessoas e por manter casa de prostituição.A ação foi deflagrada após a Polícia Civil ter apurado que garotas de programas que trabalhavam no local eram impedidas de sair caso não pagassem as dívidas que iam contraindo com o dono do local. Tais dívidas eram originadas desde o consumo com alimentação, bebida e até taxas que as garotas deviam por programa realizado.A Polícia apurou que três cidadãs paraguaias que trabalhavam no local tentaram fugir, mas foram perseguidas pelo proprietário da boate, que subtraiu dinheiro, telefone celular e bagagem. O homem alegou ainda que uma delas ainda não havia dado o retorno do investimento feito por ele e por isso não poderia ir embora para seu país de origem.Documentos apreendidos pela Polícia Civil comprovam que o proprietário da boate financiava a vinda das cidadãs paraguaias para o Brasil, onde eram obrigadas a se prostituir até que fosse pago o valor que ele, supostamente, teria investido nas garotas de programas. Tais valores incluíam estadia na boate, alimentação (precária), bebidas e comissão de programas realizados.Foram apreendidos tikets de passagens desde Foz do Iguaçu (PR) até a região de Brasilândia, bem como comprovantes de pagamentos feitos em casa de câmbio, cujos favorecidos eram cidadão paraguaios, indicando a ocorrência de tráfico de seres humanos, cuja pena chega a oito anos de reclusão. A pena para o outro crime, de manter casa de prostituição, pode chegar a cinco anos de reclusão.Na casa de prostituição foram apreendidos preservativos, cadernos com anotações sobre os programas, consumo das garotas de programa e uma máquina de cartão de crédito. A Polícia Civil vai solicitar a quebra de sigilo do equipamento e ouvir as pessoas que fizeram gastos com cartão de crédito ou débito no local, para apuração mais detalhada do crime.As cidadãs paraguaias resgatadas foram ouvidas na Delegacia e liberadas, indicando que seguiriam viagem para seu pais de origem. Todas apresentavam documentos de migração. A Polícia Civil vai encaminhadas ofício à Polícia Federal com os dados das cidadãs paraguaias para verificação da legalidade do ingresso no país e possível procedimento de expulsão do Brasil.
Dono de boate é preso por tráfico internacional de pessoas e por manter casa de prostituição
Redação, PM-MS
23/01/2019 às 02:00 •