O pai do menino Heitor Filipe, de seis meses, que foi encontrado enterrado em um matagal de Itaperuçu na quinta-feira (26), negou que tenha matado o menino. Ele foi preso porque era foragido da polícia e tinha um mandado de prisão em aberto. A mãe do garoto segue na delegacia prestando depoimento à polícia.Afirmou que bebê teria se afogado em banho Rafael Kuiava conversou com a imprensa e afirmou que a criança se afogou durante o banho. De acordo com o suspeito, ele e a esposa tentaram reanimar o bebê, que morreu logo depois. No dia seguinte, os dois enrolaram o menino em um cobertor e levaram o corpo ao local em que o garoto foi enterrado – ponto visado na região por ser utilizado por usuários de drogas. Vou provar que não matei meu filho, disse.A data em que o fato aconteceu, no entanto, ainda não foi esclarecida. Os pais afirmam que o menino morreu há 25 dias, mas há 15 dias testemunhas afirmaram terem visto o casal oferecendo a criança para outra família. Foi esta situação, inclusive, que gerou uma denúncia ao Ministério Público, que solicitou a investigação ao Sicride.Para a delegada do Sicride, Iara Laureck Dechiche, a versão dos pais não convenceu a polícia. É um casal muito frio. A criança morreu de noite e no só no dia seguinte resolveram o que fazer com a criança. A mãe não esboça sentimento nenhum, afirmou. Além disso, o pai não sabe sequer a data do nascimento do bebê e o casal não soube dizer o dia exato em que o menino morreu.Durante as investigações, os policiais ouviram vizinhos, que disseram que a criança chorava muito e tinha marcas pelo corpo. Outra situação que chamou a atenção dos policiais foi o fato de o casal ter se mudado de Itaperuçu para Almirante Tamandaré após o suposto desaparecimento da criança.O boletim de ocorrência não chegou a ser feito. A mãe esteve na delegacia, conversou com os policiais e passou mal. Ela foi para o hospital e fugiu, completou Iara.O casal deve responder por homicídio e ocultação de cadáver, com agravantes.