Um adolescente de 17 anos foi apreendido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nesta quarta-feira (9/1), por ter assassinado a tiros Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, 5 anos. O crime ocorreu em 21 de maio de 2018 e o jovem foi o quarto e último suspeito — três adolescentes e um maior de idade — de ter matado a criança a ser apreendido.O garoto era um dos líderes da gangue 17 do mal, que se instalou na QNO 17 do Setor O, em Ceilândia, Brasília. A 24ª Delegacia de Polícia, do Setor O, descobriu que haveria uma briga entre gangues, na QNO 18, e enviou policiais, na tarde desta quarta-feira.No local, encontraram o adolescente, que era procurado desde dezembro de 2018, quando recebeu o benefício de saída do Sistema Socioeducativo durante o Natal e não retornou. O menino levava um trouxa com maconha e foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente 2, em Taguatinga.É a segunda vez que nós apreendemos o menor. Na primeira ocasião, ele foi pego depois de ter fugido do Socioeducativo, em maio de 2018, época em que matou a Maria Eduarda. Realizamos a apreensão dele à época. Agora, ele foi encontrado novamente depois de ter recebido a permissão do estado de sair do sistema e não retornar quando deveria, conta o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana.O adolescente tem nove passagens por atos infracionais análogos ao roubo, um por porte de arma e outro por tráfico.GanguesOs disparos que atingiram Maria Eduarda e deixaram ferido um irmão dela, de 19 anos, saíram de um Voyage preto. A investigação da PCDF indica que os tiros envolviam uma disputa entre duas gangues de moradores da QNO 17 e QNO 18, em Ceilândia.A criança buscava milho de pipoca para a tia quando recebeu tiros nas costas e nuca. Outro disparo atingiu um irmão de Maria na perna. Os dois foram levados ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O alvo da gangue era um dos irmãos de Maria Eduarda, que não estava na casa no momento.A briga dos dois grupos tem, ao menos, 10 anos. O delegado Ricardo Viana explica que, no início, pontos de venda de drogas motivaram o conflito, mas, hoje, até o endereço residencial pode resultar em morte. Se nós questionamos um membro da gangue da 17, ele diz que se o cara mora na 18, ele tem que morrer. A coisa mais pífia possível, explica.A mesma disputa por território matou o jogador de futebol amador Cristian Henrique Nogueira de Lima, 17 anos, em um parada de ônibus da QNO 17, quando esperava pelo transporte público ao lado da irmã de 12. O crime ocorreu em 20 de maio, um dia antes da morte de Maria Eduarda.
Foragido desde saidão de Natal, adolescente que matou criança de 5 anos é apreendido
Redação, Correio Braziliense
10/01/2019 às 02:00 •