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Gestante, jovem denuncia cárcere e torturas de ex em Campo Grande

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(Foto: Divulgação)
Uma mulher de 18 anos compareceu à delegacia para denunciar uma suposta tortura, agressões e ameaças por parte do ex-companheiro. À reportagem a jovem, que está gestante de 09 meses, disse que o crime ocorreu nos últimos 06 meses e somente conseguiu se livrar do cárcere após pedir ajuda a um vizinho e aos familiares.“Eu namorava um rapaz e a relação durou três anos. Após um tempo, conheci este meu último namorado, de 23 anos. Mas após 3 meses juntos eu tive um encontro com o meu ex e confessei ao atual, pedindo o término. Ele, no entanto, disse que queria ficar comigo e assumiria o meu filho, independente de saber se era mesmo o pai ou não”, contou a mulher.O possível suspeito então convidou a menina para residir com ele. “Após 02 meses ele começou a me agredir com socos. Por diversas vezes, ele jogava água no chão, ligava o ar-condicionado e me obrigada a dormir no chão. Ao mesmo tempo, chutava a minha barriga e falava que mataria os meus pais caso eu contasse alguma coisa”, relembrou.“Novamente ele me ameaçou e obrigou a entrar no carro dele, mas, no domingo à tarde, eu consegui sair de lá com a ajuda de um vizinho e fui direto para a Santa Casa. Em seguida, procurei a delegacia e fiz a primeira ocorrência por injúria e ameaça. Foi quando eu descobrir que ele teve o mesmo comportamento com a ex e até responde na Justiça por um cárcere”, comentou a jovem.Com medo das supostas ameaças, a menina disse que escondeu o crime e inclusive um momento no qual o suspeito ateou tíner em seu corpo.No entanto, dia 21 de maio, quando o casal foi almoçar com os pais da menina, no Jardim Aeroporto, houve uma discussão e ela aproveitou o momento para fazer a denúncia.Ameaças via WhatsAppNessa sexta-feira (28), ela compareceu novamente a 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Casa da Mulher Brasileira. A jovem prestou depoimento a delegada plantonista, Maíra Machado.“Ele continua mandando mensagens, via WhatsApp e por isso vim aqui e agora estou com medida protetiva. Meu filho está prestes a nascer e não quero mais passar por esse tipo de coisas. Ele também queimou parte das coisas do bebê e estou tendo que comprar as coisas tudo de novo”, finalizou a jovem.A Polícia Civil investiga agora a veracidade da denúncia e os crimes característicos da violência doméstica. O suspeito, que é pintor de obras, já foi identificado, porém ainda não prestou depoimento.