Buscar

Governo abandona forças policiais no Mato Grosso do Sul

Cb image default
(Foto: Divulgação)
Cb image default
(Foto: Divulgação)
Cb image default
(Foto: Divulgação)
A viatura quebrou no meio de uma diligência na noite deste sábado Desde o início do mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), as forças policiais estão trabalhando com combustível a “conta gotas”, muitas cidades do interior do Estado estão com viaturas paradas e outras trabalhando somente com casos de emergência, ou seja, solicitação via 190 sem realizar patrulhamento ostensivo e preventivo nas cidades, que é a atribuição da Polícia Militar.Em reportagem já publicada no 1º de abril passado, em que o governador determinou por decreto o corte nos gastos com segurança pública, sendo que após os 100 dias as coisas iriam melhorar, o efeito foi ao contrário, pirou. A cota de combustível está racionada nos batalhões do Estado, viaturas quebradas ou paradas e sem material humano para desenvolver ações nas ruas.Um exemplo é a PMR (Polícia Militar Rodoviária) que tem cota por plantão de 25 litros de combustível, se houver duas ocorrências nas rodovias estaduais em Nova Casa Verde e outra na MS-480 [trecho que liga MS-276 à divisa do Estado de São Paulo] o veículo não chega à base, como aconteceu na semana passada em Nova Andradina.A PMA (Polícia Militar Ambiental) com base Batayporã não pode fazer patrulhamento rural e nem fiscalização nas rodovias ou rios da região, pois a viatura está sempre quebrada e o local está com estrutura precária – vereadores de Nova Andradina tiveram a ideia de trazer a base para o município, mas os vereadores de Batayporã não aceitaram, mas também nunca fizeram nada pela corporação – moradores da região em que a PMA atende ficam revoltados quando solicitam os serviços e não são atendidos, pois sempre os policiais dizem que não tem viaturas para o atendimento.O 8º Batalhão de Polícia Militar de Nova Andradina, com pouco mais de 25 policiais efetivados para trabalhar para o município de Nova Andradina, passa por outra situação, a cota de combustível é racionada deixando a população às vezes sem atendimento.Para piorar, o município e o Estado, não tem convênio com guinchos para rebocar veículos apreendidos ou mesmo os da corporação que quebram nas ruas ou estradas, tudo tem que ser improvisado.Além do racionamento de gasolina, o fardamento é outra reivindicação das tropas no Estado, o governo demora muito para adquirir e uniformizar os policiais, sendo que as fardas acabam rápidas com lavagens e o uso frequente.Sem convênio com guincho, viatura teve que ser rebocada por outra viatura policial a cota por delegacia pode chegar no máximo a 20 litros por dia, nos batalhões da Polícia Militar a cota pode chegar entre 10 a 20 litros por viatura por dia. Ainda segundo apurado pela reportagem, a determinação para a redução da cota foi do governador por um período de 100 dias, mas 130 já se foram e as coisas só pioram, nem o material de limpeza e o simples cafezinho, as repartições dos batalhões e delegacias recebem, ou fazem “vaquinhas” ou pedem para o comércio local.Em abril, o comandante geral da Polícia Militar, coronel QOPM Deusdete Souza de Oliveira Filho, que confirmou à reportagem que realmente o governador cortou a cota de combustível, mas que a normalização ocorreria dentro dos próximos quinze dias daquele mês. “Vence os 100 dias decretado pelo governo nesta primeira quinzena de abril, mas durante o período crítico, houve cotas suplementares que ajudaram a Polícia Militar realizar os trabalhos sem prejudicar a segurança pública. O período mais crítico foi neste final do mês passado, porém há garantias de reposição da cota de combustível”, disse Oliveira ressaltando que a redução foi devido à mudança de governo e financeiro.AzambujaCom as contas apertadas, desde o início do mandato o governo já anunciou uma série de medidas de contenção de gastos, como o corte de comissionados, a extinção de secretarias e outros contingenciamentos no orçamento.Alunos soldadosHoje em Nova Andradina, estão sendo formados 68 alunos soldados, que seriam para atender a abrangência do 8ºBPM e lugares como Nova Andradina, que está sem policiais militares para preencher escalas de trabalho, mas a reportagem apurou que dos 68 alunos soldados que irão se formar nos próximos dias, o comando geral já quer levar 15 para Campo Grande e prefeitos da região querem carregar mais do que precisam nas suas cidades, deixando Nova Andradina mais uma vez na escassez.Taquarussu e Novo Horizonte do Sul, a reportagem apurou que o índice de ocorrência é muito baixo, cerca de duas ou três ocorrências por mês. O maior número de atendimento é Nova Andradina seguido de Ivinhema e depois Bataguassu. O Jornal da Nova encontrou em contato com o comandante do 8º BPM, tenente coronel Emerson Carvalho e o mesmo disse que não pode comentar o caso e direcionou para o comando geral, a reportagem tentou contato com o comandante geral, mas não atendeu as ligações.